Autonomia privada

as partes como “fonte” e os limites para a eleição das regras procedimentais de arbitragem

Auteurs

  • José Pedro Elpídio Nogueira Universidade Federal da Bahia

Mots-clés :

Autonomia Privada, Arbitragem, Regras Procedimentais, Flexibilidade

Résumé

Hodiernamente, a arbitragem é vista como uma alternativa ao monopólio estatal jurisdicional, bem como um meio efetivo de solução de conflitos e de acesso à justiça. Em decorrência da autonomia privada, as partes têm liberdade na formulação do procedimento, incluindo a escolha das regras de direito a serem aplicadas. Nesse sentido, o problema formulado para o presente estudo consiste na analise a extensão da autonomia na construção do procedimento arbitral e suas restrições legais, especialmente sob a égide da Lei nº 9.307/1996. A pesquisa se propõe a examinar o equilíbrio entre a liberdade das partes na arbitragem e os princípios fundamentais do ordenamento jurídico, como direitos fundamentais, função social dos contratos e dever de boa-fé. Dessa forma, a pesquisa tem como objetivo contribuir para uma compreensão mais abrangente do procedimento arbitral, por meio de revisão bibliográfica de caráter qualitativo, com vistas à maior eficiência e a satisfação de todas as partes envolvidas.

Biographie de l'auteur

  • José Pedro Elpídio Nogueira, Universidade Federal da Bahia

    Bacharelando em Direito na Universidade Federal da Bahia (UFBA). Estagiário no Ministério Público Federal. Membro associado do Centro de Pesquisas e Estudos Jurídicos (CEPEJ), da Faculdade de Direito da UFBA. Vice-Diretor de comunicação do CEPEJ, durante o ano de 2022. Subsecretário da comissão editorial da revista do CEPEJ. Membro dos Grupos de Pesquisa Direitos Fundamentais e Reflexos nas Relações Sociais, Crise(s) da Democracia e Autoritarismo no Brasil e Arbitragem Empresarial: Análise Jurídica do Exercício da Autonomia Privada. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/8831101395699331. E-mail: jp_nogueira@outlook.com.br.

Références

BRASIL. Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996. Dispõe sobre a arbitragem. Disponível em: http://www.planalto.gov.br. Acesso em: 28 mar. 2023.

BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, ano 139, n. 8, p. 1-74, 11 jan. 2002.

BRASIL. Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015. Institui o Código de Processo Civil. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 17 março 2015. Acesso em: 28 mar. 2023.

CACHAPUZ, Rozane da Rosa; CONDADO, Elaine C. Gomes. Arbitragem: instrumento efetivo de acesso à Justiça. SCIENTIA IURIS, Londrina, v. 12. 2008. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/iuris/article/view/4156/3609. Acesso em: jan. 2023.

CAHALI, Francisco José. Curso de Arbitragem, Mediação, Conciliação, Tribunal Multiportas. 7. ed. São Paulo: Thompson Reuters Brasil, 2018.

CARMONA, Carlos Alberto. Arbitragem e processo: um comentário à Lei no 9.307/96. 3 ed. rev, atual e ampl. São Paulo: Atlas, 2009.

ELIAS, Carlos. 3. O árbitro In: LEVY, Daniel; PEREIRA, Guilherme. Curso de Arbitragem. São Paulo (SP): Editora Revista dos Tribunais. 2021. Disponível em: https://thomsonreuters.jusbrasil.com.br/doutrina/1279980024/curso-dearbitragem. Acesso em: 20 abr. 2023.

FARIAS, Cristiano Chaves de. ROSENVALD, Nelson. NETTO, Felipe Braga. Manual de direito Civil. 4. ed. Juspodivm. Salvador. 2019.

GRION, Renato Stephan. 5. Procedimento II In: LEVY, Daniel; PEREIRA, Guilherme. Curso de Arbitragem. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais. 2021. Disponível em: https://thomsonreuters.jusbrasil.com.br/doutrina/1279980024/curso-dearbitragem. Acesso em: 20 abr. 2023.

GUSTIN, Miracy Barbosa de Sousa. (Re)pensando a pesquisa jurídica: teoria e prática. 5. ed. São Paulo: Almedina, 2020.

LAMAS, Natália Mizrahi. 1. Introdução e princípios aplicáveis à arbitragem In: LEVY, Daniel; PEREIRA, Guilherme. Curso de Arbitragem. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais. 2021. Disponível em: https://thomsonreuters.jusbrasil.com.br/doutrina/1279980024/curso-dearbitragem. Acesso em: 20 abr. 2023.

MONTORO, Marcos André Franco. Flexibilidade do procedimento arbitral. Doutorado em Direito Processual, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2137/tde-16082011-161411. Acesso em: 22 dez. 2022.

NANNI, Giovanni Ettore. Árbitro: Notas sobre os negócios jurídicos da arbitragem e a liberdade de escolha do árbitro à luz da autonomia privada. Revista de Arbitragem e Mediação, n. RARB VOL. 49, 2016.

PEREIRA, Guilherme. 4. Procedimento I In: LEVY, Daniel; PEREIRA, Guilherme. Curso de Arbitragem. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2021. Disponível em: https://thomsonreuters.jusbrasil.com.br/doutrina/1279980024/curso-de-arbitragem. Acesso em: 20 abr. 2023.

PIRES, Eduardo; REIS, Jorge Renato Dos. Autonomia da vontade: um princípio fundamental do direito privado como base para instauração e funcionamento da arbitragem. Anais do XIX Encontro Nacional do CONPEDI. Fortaleza. 2010. Acesso em: jan. 2023.

SCAVONE JUNIOR, Luiz Antonio. Manual de arbitragem: mediação e conciliação. 8. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Forense, 2018.

STJ - REsp: 1189050 SP 2010/0062200-4, Relator: Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Data de Julgamento: 01/03/2016, T4 - QUARTA TURMA, Data de Publicação: DJe 14/03/2016 RSTJ vol. 243 p. 619.

STOLZE, Pablo; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Manual de direito civil. Volume único. 4. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2020.

Publiée

2024-10-01

Comment citer

Autonomia privada: as partes como “fonte” e os limites para a eleição das regras procedimentais de arbitragem. Revista Avant, Florianópolis, v. 8, n. 1, p. 87–111, 2024. Disponível em: https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/avant/article/view/7450. Acesso em: 26 oct. 2025.