Hamlet e a modernidade
a crise na Teologia Política Medieval e no Reino da Dinamarca
Palavras-chave:
Dois Corpos do Rei, Teologia Política Medieval, William Shakespeare, Hamlet, ModernidadeResumo
Este artigo, por meio de uma simbiose entre Direito, História e Literatura, busca indicar os indícios da modernidade em Shakespeare, mormente na obra de “Hamlet”. “Ser ou não ser?, eis a questão”, “o rei morreu, vida longa ao rei”, e a própria epígrafe deste trabalho mostram passagens em Hamlet que ilustram, concomitantemente, uma ideia do corpus mysticum e a crise na teologia política medieval, a partir da qual despontará a modernidade e o “eu” moderno. Willian Shakespeare conhece e se utiliza da noção dos Dois Corpos do Rei. Em Hamlet utiliza essa noção para demonstrar uma crise política fictícia no Reino da Dinamarca: a crise na legitimação e na sustentação do monarca absolutista. Hamlet é vanguarda na percepção da sociedade política àquela época. Shakespeare é arte. E a arte sempre será precursora na percepção das transformações do mundo. A vida parece imitar a arte.
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