Hamlet e a modernidade

a crise na Teologia Política Medieval e no Reino da Dinamarca

Autores

  • Matheus Vinícius Aguiar Rodrigues Universidade de Brasília

Palavras-chave:

Dois Corpos do Rei, Teologia Política Medieval, William Shakespeare, Hamlet, Modernidade

Resumo

Este artigo, por meio de uma simbiose entre Direito, História e Literatura, busca indicar os indícios da modernidade em Shakespeare, mormente na obra de “Hamlet”. “Ser ou não ser?, eis a questão”, “o rei morreu, vida longa ao rei”, e a própria epígrafe deste trabalho mostram passagens em Hamlet que ilustram, concomitantemente, uma ideia do corpus mysticum e a crise na teologia política medieval, a partir da qual despontará a modernidade e o “eu” moderno. Willian Shakespeare conhece e se utiliza da noção dos Dois Corpos do Rei. Em Hamlet utiliza essa noção para demonstrar uma crise política fictícia no Reino da Dinamarca: a crise na legitimação e na sustentação do monarca absolutista. Hamlet é vanguarda na percepção da sociedade política àquela época. Shakespeare é arte. E a arte sempre será precursora na percepção das transformações do mundo. A vida parece imitar a arte.

Biografia do Autor

Matheus Vinícius Aguiar Rodrigues, Universidade de Brasília

Graduando pela Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (FD/UnB). Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0202392936547091. E-mail: aguiarmr10@gmail.com. LinkedIn: https://www.linkedin.com/in/matheus-rodrigues-714528118.

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Publicado

2018-02-01

Como Citar

Aguiar Rodrigues, M. V. . (2018). Hamlet e a modernidade: a crise na Teologia Política Medieval e no Reino da Dinamarca. evista vant, 2(1). ecuperado de https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/avant/article/view/7041

Edição

Seção

Acadêmica