Dissensos na penitenciária
sinfonias, afetos e possibilidades de (re)existir
Resumo
As penitenciárias são instituições sociais pautadas por um viés punitivo e ordenamentos sociais contingentes que visam a disciplinarização o assujeitamento e a docilização dos corpos. Os mecanismos de ressocialização dos apenados em muitas penitenciárias brasileiras reproduzem uma lógica perversa de inclusão configurado por determinações jurídicas, políticas e sociais que limitam a capacidade de (re)existir dos sujeitos.
A foto em questão trata-se de um evento realizado no dia 28 de novembro de 2020 pela Orquestra Filarmônica Sinos Azuis. O evento foi transmitido para cerca de 70 apenados da Penitenciária Industrial de Joinville. O recital Serenatas Noturnas foi viabilizado por videoconferência e pode ser acompanhado ao vivo no canal da Editora Giostri, no YouTube. A arte é uma potência política e um relevante recurso de enfrentamento do sofrimento ético e político, possibilitando a reconfiguração dos marcadores sociais que estigmatizam os corpos que se encontram nessa condição. É a partir do encontro com as práticas estéticas que a arte toca e afeta a dimensão sensível dos processos subjetivos, deslocando aquilo que é marginalizado para uma posição outra. A sensibilização ética possibilita uma multiplicidade de significações a partir de um olhar crítico aos modos hegemônicos de circulação dos sentidos e afetos.
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