Dissensos na penitenciária

sinfonias, afetos e possibilidades de (re)existir

Autores

  • Andreia Cristina Maia Züge Faculdade Guilherme Guimbala

Resumo

As penitenciárias são instituições sociais pautadas por um viés punitivo e ordenamentos sociais contingentes que visam a disciplinarização o assujeitamento e a docilização dos corpos. Os mecanismos de ressocialização dos apenados em muitas penitenciárias brasileiras reproduzem uma lógica perversa de inclusão configurado por determinações jurídicas, políticas e sociais que limitam a capacidade de (re)existir dos sujeitos.

A foto em questão trata-se de um evento realizado no dia 28 de novembro de 2020 pela Orquestra Filarmônica Sinos Azuis. O evento foi transmitido para cerca de 70 apenados da Penitenciária Industrial de Joinville. O recital Serenatas Noturnas foi viabilizado por videoconferência e pode ser acompanhado ao vivo no canal da Editora Giostri, no YouTube. A arte é uma potência política e um relevante recurso de enfrentamento do sofrimento ético e político, possibilitando a reconfiguração dos marcadores sociais que estigmatizam os corpos que se encontram nessa condição. É a partir do encontro com as práticas estéticas que a arte toca e afeta a dimensão sensível dos processos subjetivos, deslocando aquilo que é marginalizado para uma posição outra. A sensibilização ética possibilita uma multiplicidade de significações a partir de um olhar crítico aos modos hegemônicos de circulação dos sentidos e afetos.

Biografia do Autor

Andreia Cristina Maia Züge, Faculdade Guilherme Guimbala

Acadêmica do 5º ano do curso de Psicologia pela Faculdade Guilherme Guimbala (FGG). E-mail: andreiac.zuge@gmail.com.

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Publicado

2021-04-16

Como Citar

Maia Züge, A. C. (2021). Dissensos na penitenciária: sinfonias, afetos e possibilidades de (re)existir. evista vant SSN 2526-9879, 5(1). ecuperado de https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/avant/article/view/6789

Edição

Seção

Cultural