“Saúde e trabalho” versus “contra os coxinhas renegados inimigos do povo”: teria ascensão conservadora atingido o punk rock dos garotos podres?

Autores

  • Amanda Muniz Oliveira Universidade Federal de Santa Catarina
  • Rodolpho Alexandre Santos Melo Bastos Universidade Estadual de Montes Claros

Palavras-chave:

punk rock, ascensão conservadora, Garotos Podres

Resumo

Desde sua origem na década de 70, o punk rock é um gênero musical marcado pela contestação e resistência. Além dos acordes pesados e das batidas aceleradas, as letras, em sua grande maioria, trazem mensagens de críticas ao status quo, sarcasmo e ironia pelos valores burgueses. No Brasil, a banda Garotos Podres pode ser compreendida como um dos grandes nomes do punk rock. Sua formação remonta à década de 80, no ABC paulista, onde denunciavam a repressão e a desigualdade social vivenciadas; a visão política de esquerda sempre esteve presente em suas músicas, chegando a gravarem A Internacional, versão em português da L'Internationale , adotada como hino da União Soviética. Após décadas de carreira, em 2012 é anunciada uma separação; os motivos alegados fugiam a divergências musicais ou perspectivas profissionais diferentes. Os motivos eram assumidamente político-ideológicos. De um lado, baixista e baterista acusavam o vocalista de ter abandonado a banda sem maiores explicações; de outro, o vocalista afirmava que seus antigos companheiros haviam se tornado coxinhas, passando a compactuar com ideais da direita conservadora. Neste sentido, questiona-se: teria a ascensão conservadora, crescente na sociedade brasileira contemporânea, atingido o punk rock transgressor dos Garotos Podres?

Biografia do Autor

Amanda Muniz Oliveira, Universidade Federal de Santa Catarina

Mestranda em Direito Programa de Pós-Graduação em Direito (PPGD) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Pesquisadora do Núcleo de Estudos Conhecer Direito (NECODI). Membro do Laboratório de Pesquisa em História e Arte – Labharte/UFSC. Bolsista Capes.

Rodolpho Alexandre Santos Melo Bastos, Universidade Estadual de Montes Claros

Mestrando em História pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Estadual de Montes Claros - MG (PPGH/UNIMONTES). Bolsista Capes. Pesquisador do Grupo Poderes disseminados, fazeres transformadores: Mulheres que ressignificaram espaços - UNIMONTES.

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Publicado

2016-03-09

Como Citar

Oliveira, A. M., & Bastos, R. A. S. M. (2016). “Saúde e trabalho” versus “contra os coxinhas renegados inimigos do povo”: teria ascensão conservadora atingido o punk rock dos garotos podres?. aptura Críptica: reito, política, tualidade, 4(2), 47–68. ecuperado de https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/capturacriptica/article/view/3087

Edição

Seção

Dossiê