MUTIRÃO NO PROCESSO CONSTRUTIVO DE CASAS DE BARRO: VANTAGENS E LIMITAÇÕES

Autores

  • Juliano Moreira Coimbra UFPel - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

DOI:

https://doi.org/10.29183/2447-3073.MIX2017.v3.n4.47-61

Palavras-chave:

Architecture, natural building, social sustainability, mutirão, self-building

Resumo

A terra ainda é um dos materiais construtivos mais utilizados mundialmente. Por sua baixa complexidade tecnológica,
ela costuma estar relacionada a práticas de autoconstrução e mutirão (mobilização coletiva sem fins lucrativos). Aborda-se
o problema da viabilidade do mutirão e seus ganhos sociais em construções naturais que tenham o barro como principal
material. Estuda-se como caso a casa de barro que o autor projetou e autoconstruiu na área rural de Pelotas, extremo sul do
Brasil, na qual mais de 80 voluntários ajudaram na construção. O objetivo geral é estudar os possíveis ganhos advindos da
prática do mutirão. Como objetivos específicos, definiu-se: a) conceituar construção natural e explicar a técnica construtiva
empregada na obra estudada (cob); b) verificar a relação entre mutirão e complexidade da técnica construtiva; e c) avaliar os
ganhos de sustentabilidade social observados. Como resultados, percebeu-se que os mutirões atraíram muitos colaboradores,
especialmente por se tratar de uma técnica construtiva não convencional. Também eles contribuíram para um ambiente
de trabalho mais lúdico, apesar do desgaste físico. além do considerável volume de trabalho produzido, levando em consideração
a inexperiência dos voluntários. Conclui-se que a construção natural e mutirão são complementares e colaboram para
ganhos práticos de sustentabilidade social.

Referências

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Publicado

2017-12-18

Como Citar

Coimbra, J. M. (2017). MUTIRÃO NO PROCESSO CONSTRUTIVO DE CASAS DE BARRO: VANTAGENS E LIMITAÇÕES. IX Sustentável, 3(4), 47–61. https://doi.org/10.29183/2447-3073.MIX2017.v3.n4.47-61