15 - AFFORDANCE DA RUA: INTERAÇÃO HOMEM-AMBIENTE NO PROCESSO DE PROJETO DO ESPAÇO URBANO

STREET AFFORDANCES: HUMAN-ENVIRONMENT INTERACTION IN THE DESIGN PROCESS OF URBAN SPACE

Autores

  • Arnoldo Debatin Neto UFSC - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
  • Francis Graeff de Oliveira UFSC - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

Palavras-chave:

Design de rua, Recursos, Facilidade de locomoção

Resumo

Os incentivos para a caminhada como modo de transporte são parte integral da Política Nacional Brasileira de Mobilidade Urbana, Lei Federal 12.587/2012. Apesar disso, as abordagens de design para as ruas são atualmente baseadas no transporte motorizado, o que não representa o apoio necessário para caminhar ou para atividades sociais, culturais ou de lazer. Durante sua evolução, as ruas refletiram contextos históricos, econômicos, políticos e sociais, influenciando e sendo influenciadas pela vida urbana. Contudo, o advento de novas tecnologias em engnharia de tráfego, construção civil e comunicação, mudou esse cenário e os sistemas de tráfego começaram a guiar o design das ruas. Pesquisas sobre caminhabilidade como modo de transporte tem mostrado a influência do espaço da rua na decisão das pessoas em caminhar. Estudos sobre ambiente e comportamento trazem um conhecimento robusto da interação homem-ambiente para a teoria da Arquitetura e Urbanismo. Este conhecimento é essencial na transição de projetos baseados em teorias normativas para um projeto de rua contemporâneo. A Teoria da Affordance fornece uma compreensão da interação transacional da pessoa com o ambiente. Para alcançar o design integral da rua, adaptou-se, para esse artigo, a metodologia do Design Baseado em Affordance. 

Biografia do Autor

Arnoldo Debatin Neto, UFSC - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Santa Catarina (1993), mestrado em Engenharia de Produção (1998) e doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (2004). É professor Titular-E da Universidade Federal de Santa Catarina. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Planejamento e Projeto do Espaço Urbano, atuando principalmente nos seguintes temas: CAD; Métodos de Representação; Planejamento de Transportes, Design Urbano e Mobilidade.

LATTES: http://lattes.cnpq.br/4432293476258348

Francis Graeff de Oliveira, UFSC - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

Arquiteta e Urbanista, mestre em Arquitetura e Urbanismo, ambos pela Universidade Federal de Santa Catarina, com pesquisa sobre Desenho Urbano e Estudos de Comportamento Ambiental. Possui especialização em Docência no Ensino Superior pelo Centro Universitário Leonardo Da Vinci e foi professora e coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Uniasselvi, em Brusque, lecionando disciplinas de História e Teoria de Arquitetura e Urbanismo, Projeto de Arquitetura e Urbanismo, Geometria Descritiva, além de orientação e participação em bancas de TCC. Morou nos Estados Unidos, Escócia e Itália, onde estudou Furniture Design no Istituto Europeo di Design, em Milão. Atuou no desenvolvimento do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável da Grande Florianópolis (PLAMUS) como pesquisadora em mobilidade não motorizada e representou o IAB/SC junto ao Núcleo Gestor do Plano Diretor Participativo de Florianópolis. 

LATTES: http://lattes.cnpq.br/9450310341531885

Referências

Anderson, S. (1981). Estudios sobre un modelo ecológico del entorno urbano. In S. Anderson (Ed.), Calles: problemas de estructura y diseño [On Streets] (pp. 279 – 317). Barcelona: Gustavo Gili.

Appleyard, D. (1981). Livable Streets (p. 364). Berkeley: University of California Press. Retrieved from http://books.google.com.br/books?id=pfreUQKD_4QC

Boaga, G. (1977). Diseño de tráfico y forma urbana (p. 254). Barcelona: Gustavo Gili.

Childs, M. (2012). Urban Composition : Designing Community through Urban Design (p. 144). New York, NY, USA: Princeton Architectural Press.

Churchill, H. S. (1962). The city is the people (2nd ed., p. 224). New York: W. W. Norton & Company.

Churchman, A. (2003). Environmental Psychology and Urban Planning: Where Can the Twain Meet? In R. B. Bechtel & A. Churchman (Eds.), Handbook of Environmental Psychology (pp. 191–200). Hoboken, USA: John Wiley & Sons.

Ellis, W. C. (1981). La estructura espacial de las calles. In S. Anderson (Ed.), Calles: problemas de estructura y diseño [On Streets] (pp. 125–141). Barcelona: Gustavo Gili.

Francis, M. (1991). The Making of Democratic Streets. In A. V. Moudon (Ed.), Public Streets for Public Use (pp. 23–39). New York: Columbia University Press.

Gaver, W. W. (1991). Technology affordances. In Proceedings of the SIGCHI conference on Human factors in computing systems Reaching through technology - CHI ’91 (pp. 79–84). New York: ACM Press. doi:10.1145/108844.108856

Gibson, J. J. (1986). The ecological approach to visual perception (3rd ed., p. 332). New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates.

Gutman, R. (1981). La generación de las calles. In S. Anderson (Ed.), Calles: problemas de estructura y diseño [On Streets] (pp. 259–275). Barcelona: Gustavo Gili.

Heimstra, N. W., & McFarling, L. H. (1978). Psicologia Ambiental [Environmental Psychology] (p. 263). São Paulo (SP): EPU: Editora da Universidade de São Paulo.

Herce, M. V., & Magrinyà, F. (2013). El espacio de la movilidad urbana (p. 278). Buenos Aires: Café de las Ciudades.

Hershberger, R. G. (1974). Predicting the Meaning of Architecture. In J. Lang, C. Burnette, W. Moleski, & D. Vachon (Eds.), Designing for Human Behavior (pp. 147–156). Stroudsburg, EUA: Dowden, Hutchinson & Ross, Inc.

Ittelson, W. H., Proshansky, H. M., Rivlin, L. G., & Winkel, G. H. (1974). An introduction to environmental psychology (p. 406). Oxford, UK: Holt, Rinehart & Winston.

Jacobs, A. B. (1995). Great Streets (p. 331). Cambridge, MA, USA: MIT Press.

Kostof, S. (2004). The City Assembled: The Elements of Urban Form Through History (1a. Reimpr., p. 320). Londres: Thames and Hudson.

Lang, J. (1987). Creating Architectural Theory: The Role of the Behavioral Sciences in Environmental Design (p. 278). New York: Van Nostrand Reinhold Company Inc.

Macdonald, E. (2011). Streets and the Public Realm: Emerging designs. In T. Banerjee & A. Loukaitou-Sideris (Eds.), Companion to Urban Design (pp. 419–431). New York: Taylor & Francis e-Library.

Maier, J. R. A., & Fadel, G. M. (2006). Affordance Based Design: Status and Promise. In Proceedings of the International Design Research Symposium, IDRS’06 (p. 18). Seoul, South Korea: International Design Research Symposium, IDRS’06.

Maier, J. R. A., & Fadel, G. M. (2008). Affordance based design: a relational theory for design. Research in Engineering Design, 20(1), 13–27. doi:10.1007/s00163-008-0060-3

Maier, J. R. A., Fadel, G. M., & Battisto, D. G. (2009). An affordance-based approach to architectural theory, design, and practice. Design Studies, 30(4), 393–414. doi:10.1016/j.destud.2009.01.002

Moudon, A. V. (2000). Proof of Goodness: A Substantive Basis for New Urbanism. Places, 13(2), 38–43.

Murphy, M. D. (2005). Landscape Architecture Theory: An Evolving Body of Thought (p. 256). Long Grove, EUA: Waveland Press.

Rapoport, A. (1990). History and Precedent in Environmental Design (p. 510). Boston, MA: Springer US. doi:10.1007/978-1-4613-0571-2

Rudofsky, B. (1982). Streets for people: a primer for Americans (2nd ed., p. 351). New York: Van Nostrand Reinhold Co.

Schumacher, T. (1981). Los edificios y las calles. Notas sobre su configuración y uso. In S. Anderson (Ed.), Calles: problemas de estructura y diseño [On Streets] (pp. 142–160). Barcelona: Gustavo Gili.

Publicado

2024-02-08

Como Citar

Debatin Neto, A. ., & Graeff de Oliveira, F. (2024). 15 - AFFORDANCE DA RUA: INTERAÇÃO HOMEM-AMBIENTE NO PROCESSO DE PROJETO DO ESPAÇO URBANO: STREET AFFORDANCES: HUMAN-ENVIRONMENT INTERACTION IN THE DESIGN PROCESS OF URBAN SPACE. IX Sustentável, 10(1). ecuperado de https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/mixsustentavel/article/view/6511