DESENVOLVIMENTO INICIAL DE ACACIA MEARNSII EM SUBSTRATO CONTENDO BIOCARVÃO DERIVADO DE FINOS DE CARVÃO VEGETAL

INITIAL DEVELOPMENT OF ACACIA MEARNSII ON SUBSTRATE CONTAINING BIOCHAR DERIVED FROM CHARCOAL FINES

Autores

  • Marina Remião dos Santos Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS
  • Igor Glaeser da Rocha Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
  • Juliano Morales de Oliveira Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS
  • Gilson Schlindwein Laboratório de Tecnologia de Sementes - DDPA/SEAPI
  • Carlos Alberto Mendes Moraes Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS
  • Genyr Kappler Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS
  • Regina Celia Espinosa Modolo Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS

DOI:

https://doi.org/10.29183/2447-3073.MIX2023.v9.n5.115-124

Palavras-chave:

Biomassa, Pirólise, Meio de cultivo

Resumo

O objetivo desta pesquisa foi avaliar o desempenho de cultivo via substrato com adição de finos de carvão vegetal (FC). A metodologia consistiu em tratamento dos FC em moinho utilizando uma malha de 2,5 mm para ser utilizado na composição de substrato para mudas de Acacia mearnsii De Wild. O substrato utilizado no estudo para mistura foi um substrato comercial a base de turfa, vermiculita e calcário. Para isso, foram utilizadas diferentes proporções de mistura substrato/FC (100:0%, 95:5%, 75:25%, 50:50% e 25:75% (v:v)). Os parâmetros analisados foram: densidade, pH, condutividade elétrica, teor total de sais solúveis, retenção de água a 10, 50 e 100 hPa, porosidade total, espaço de aeração, água facilmente disponível e água tamponante. O desenvolvimento da espécie foi avaliado com base na fitometria, sendo os parâmetros aferidos: o número de folhas, altura da parte aérea, comprimento da raiz, massa fresca e massa seca da planta. Os resultados demonstram que o substrato com FC altera as características físicas e químicas do mesmo, atuando de forma positiva para o desenvolvimento das mudas quando adicionado em uma relação de 5% em volume do subproduto em relação ao substrato.

Biografia do Autor

Marina Remião dos Santos, Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS

Graduada em Ciências Biológicas e mestre em Biologia com foco em diversidade e manejo de vida silvestre pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Atua na área da botânica, mais especificamente com tecnologia de sementes, ecofisiologia vegetal e produção de mudas. Além disso, atua também com ferramentas ambientais aplicadas a gestão e minimização de resíduos e desenvolvimento de coprodutos a partir de resíduos sólidos industriais para o setor agrícola.

http://lattes.cnpq.br/1968196154355638

ORCID:  https://orcid.org/0000-0003-1272-6936

 

Igor Glaeser da Rocha, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

Possui graduação no curso de Engenharia Agronômica em andamento pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Técnico em Agricultura pela Escola Estadual Técnica de Agricultura - ETA (2013). Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Silvicultura.

http://lattes.cnpq.br/1881172415900955

ORCID: https://orcid.org/0000-0002-6131-9969

Juliano Morales de Oliveira, Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS

Biólogo graduado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2000), Mestre em Ecologia (2003) e Doutor em Ciências com Ênfase em Ecologia (2007) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e Bolsista de Pós-Doutorado do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (2008 a 2009). Tem se dedicado a pesquisas em Ecologia Vegetal e Mudanças Globais, especialmente através da análise de anéis de crescimento de árvores (Dendrocronologia).

http://lattes.cnpq.br/9881056159697615

ORCID: https://orcid.org/0000-0003-2834-852X

Gilson Schlindwein, Laboratório de Tecnologia de Sementes - DDPA/SEAPI

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2001), onde concluiu os cursos de mestrado em Ecologia (2001-2002) e doutorado em Ciências, com ênfase em Ecologia (2008-2012). Atua na área de Ecofisiologia Vegetal, com ênfase em estudos de germinação de sementes e interação planta-planta. 

http://lattes.cnpq.br/4709750473442761

ORCID:  https://orcid.org/0000-0002-8994-212X

 

Carlos Alberto Mendes Moraes, Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS

Possui graduação em Engenharia Metalúrgica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1988), mestrado em Engenharia Metalúrgica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1991) e doutorado em Postgraduate Course on Materials Science - University of Manchester and Institute of Science and Technology ? UMIST (1997). Professor Titular I, foi Decano da Escola Politécnica - UNISINOS no período de 2012 a 2017, e coordenador na graduação em Engenharia Ambiental nos anos de 2010 a 2016; e professor nos cursos de Mestrado e Doutorado em Engenharia Civil com área de Concentração em Gerenciamento de Resíduos desde 2007, e em Engenharia Mecânica com área de concentração em Energia desde 2010.

http://lattes.cnpq.br/2076544554717764

ORCID:  https://orcid.org/0000-0001-7295-2826

Genyr Kappler, Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS

Possui graduação em Gestão Ambiental pela Universidade Feevale, realizada no modo sanduíche com a UTA-University of Tampere (Finlândia) e Tampereen Ammattikorkeakoulu - TAMK (University of applied sciences) (Finlândia) (2013). Realizou mestrado em Engenharia Mecânica com ênfase em Engenharia de Energia, no departamento de engenharia mecânica da UNISINOS (2015). Doutorado em Gerenciamento de Resíduos pelo departamento de Engenharia Civil da UNISINOS, com estágio de doutoramento realizado no Departamento de Ambiente e Ordenamentona da Universidade de Aveiro em Portugal (2021).

http://lattes.cnpq.br/8162935498888746

ORCID:  https://orcid.org/0000-0001-7685-633X 

 

Regina Celia Espinosa Modolo, Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal do Espírito Santo (2003), mestrado em Gestão Ambiental, Materiais e Valorização de Resíduos pela Universidade de Aveiro (2006) e doutorado em Ciências e Engenharia do Ambiente pela Universidade de Aveiro (2014), ambos revalidados pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2015). Professor Assistente I nos Programas de Pós-graduação em Engenharia Civil e Engenharia Mecânica; Coordenadora do curso de Bacharelado em Engenharia Agronômica da Escola Politécnica da Universidade do Vale do Rio dos Sinos.

http://lattes.cnpq.br/4414964356998749

ORCID: http://orcid.org/0000-0001-7088-2502

Referências

Álvarez JM, Pasian C, Lal R, López R, Díaz MJ, Fernández M. (2018) Morpho-physiological plant quality when biochar and vermicompost are used as growing media replacement in urban horticulture. Urban For Urban Green.34:175-80.

Bailey, D. A., Nelson, P. V., & Fonteno, W. C. (2005). Substrate pH and Water Quality. Raleigh: North Caroline State University.

Blanco-Canqui H. (2017). Biochar and Soil Physical Properties. Soil Science Society of America Journal. 81:687-711.

BRASIL. Ministry of Agriculture, Livestock and Supply - MAPA Secretariat of Agricultural Defense. Normative Instruction No. 17, of May 21, 2007. Diário Oficial da República Federativa do Brasil.1:8).

Brassard P, Godbout S, Raghavan V. (2016). Soil biochar amendment as a climate change mitigation tool: Key parameters and mechanisms involved. Journal of Environmental Management. 181:484-97.

De Boodt, M., & Verdonck, O. (1972). The physical properties of the substrates in horticulture. Acta Horticulturae, 26:37–44.

Ding Y, Liu Y, Liu S, Li Z, Tan X, Huang X, Zeng G, Zhou L, Zheng B. (2016) Biochar to improve soil fertility. A review. Agronomy for Sustainable Development.36:1-18.

Elzobair KA, Stromberger ME, Ippolito JA, Lentz RD. (2015). Contrasting effects of biochar versus manure on soil microbial communities and enzyme activities in an Aridisol. Chemosphere. 142:145-52.

Enders A, Hanley K, Whitman T, Joseph S, Lehmann J. (2012). Characterization of biochars to evaluate recalcitrance and agronomic performance. Bioresource Technology. 114:644-53.

Fascella G, D’Angiolillo F, Ruberto G, Napoli E. (2020). Agronomic performance, essential oils and hydrodistillation wastewaters of Lavandula angustifolia grown on biochar-based substrates. Industrial Crops and Products. 154:112-133.

Glaser B, Lehmann J, Zech W. (2002). Ameliorating physical and chemical properties of highly weathered soils in the tropics with charcoal - A review. Biology and Fertility of Soils. 35:219-30.

Hoffmann, G. (1970). Verbindliche Methoden zur Untersuchung von TKS und Gartnerischen Erden. Mitteilubngen der VDLUFA. Heft. 6: 129-153.

Huang L, Gu M. (2019). Effects of biochar on container substrate properties and growth of plants—a review. Horticulture. 5:1-25.

IBGE. (2021). Production of Plant Extraction and Silviculture. Rio de Janeiro. 36.

Kämpf, A. N. Commercial Production of Ornamental Plants. (2000). Guaíba. Agricultural.

Kiehl, E. J. (1979). Manual of Edaphobiology: Soil-plant relations. São Paulo. Ceres

Laird DA. (2008). The Charcoal Vision: A Win-Win-Win Scenario for Simultaneously Producing Bioenergy, Permanently Sequestering Carbon, while Improving Soil and Water Quality. Agronomy Journal. 100:178-81.

Lehmann J, Rillig MC, Thies J, Masiello CA, Hockaday WC, Crowley D. (2011). Biochar effects on soil biota - A review. Soil Biology & Biochemistry. 43:1812-36.

Monteiro AB, Bamberg AL, Pereira IDS, Stöcker CM, Timm LC. (2021). Agronomic performance and optimal ranges of attributes of substrates with biochar from anaerobic sewage sludge for black wattle (Acacia mearnsii) seedlings. International Journal of Recycling of Organic Waste in Agriculture. 10:297-308.

Nieto A, Gascó G, Paz-Ferreiro J, Fernández JM, Plaza C, Méndez A. (2016) The effect of pruning waste and biochar addition on brown peat based growing media properties. Scientia Horticulturae (Amsterdam). 199:142-8.

Nobile C, Denier J, Houben D. (2020) Linking biochar properties to biomass of basil, lettuce and pansy cultivated in growing media. Scientia Horticulturae (Amsterdam).261.

Pinheiro, P.C.C.; Sampaio, R.S.; Rezende, M.E.A.; Viana, E.A. (2006) The production of charcoal: theory and practice. Belo Horizonte.

Röber, R., Schaller, K. (1985). Pflanzenernahrung im gartenbau. Stuttgart Ulmer.

São José JFB, Volpiano CG, Vargas LK, Hernandes MAS, Lisboa BB, Schlindwein G, Beneduzi A, Longoni LS, Sampaio Jat. (2019). Influence of hot water on breaking painmancy, incubation temperature and rhizobial inoculation on germination of Acacia mearnsii seeds. Australian Forestry. 82:157-61.

Smith JL, Collins HP, Bailey VL. (2010). The effect of young biochar on soil respiration. Soil Biology & Biochemistry. 42:2345-7.

UNE - Asociación Española de Normalización. Standard EN 13037. Mejoradores del suelo y medios de cultivation. La determinación del pH. Bruxelles: Comité Europeén de Normalisation, 2012.

Waller, P. L.; Wilson, G. C. S. (1984). Evaluation of growing media for consumer use. Acta Horticulturae. 150:51-58.

Woolf D, Amonette JE, Street-Perrott FA, Lehmann J, Joseph S. (2010). Sustainable biochar to mitigate global climate change. Nature Communications. 1-1-9.

Yan J, Yu P, Liu C, Li Q, Gu M. (2020) Replacing peat moss with mixed hardwood biochar as container substrates to produce five types of mint (Mentha spp.). Industrial Crops and Products.

Downloads

Publicado

2023-10-10

Como Citar

Remião dos Santos, M., Glaeser da Rocha, I., Morales de Oliveira, J., Schlindwein, G., Alberto Mendes Moraes, C., Kappler, G., & Celia Espinosa Modolo, R. (2023). DESENVOLVIMENTO INICIAL DE ACACIA MEARNSII EM SUBSTRATO CONTENDO BIOCARVÃO DERIVADO DE FINOS DE CARVÃO VEGETAL: INITIAL DEVELOPMENT OF ACACIA MEARNSII ON SUBSTRATE CONTAINING BIOCHAR DERIVED FROM CHARCOAL FINES. IX Sustentável, 9(5), 115–124. https://doi.org/10.29183/2447-3073.MIX2023.v9.n5.115-124

Edição

v. 9 n. 5 (2023): Mix Sustentável (edição regular)

Seção

Científica

Licença

Copyright (c) 2023 Marina Remião dos Santos, Igor Glaeser da Rocha, Juliano Morales de Oliveira, Gilson Schlindwein, Carlos Alberto Mendes Moraes, Genyr Kappler, Regina Celia Espinosa Modolo

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Aviso de Direito Autoral Creative Commons

Atribuição 4.0 Internacional


1. Política para Periódicos de Acesso Livre


Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.


b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.


c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto após o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)