O crime não existe, a notícia tampouco: seletividade penal e noticiabilidade no Brasil

Autores/as

Palabras clave:

Mídia e Violência, Direito Penal, Criminologia midiática, Seletividade

Resumen

Este trabalho pretende refletir sobre a seletividade do sistema penal, envolvendo uma análise sobre as condutas selecionadas por seus agentes, mas também os fatos escolhidos pelas mídias para se transformarem em matérias jornalísticas. Considerando o pensamento de autores críticos da criminologia e do direito penal em relação com teóricos da comunicação, dialogamos com alguns conceitos de notícia e os critérios de noticiabilidade, para compreender as relações entre mídia e controle da criminalidade, sobretudo no momento em que se opta por noticiar um comportamento considerado criminoso ou as estatísticas da violência urbana.

Biografía del autor/a

Diogo Justino, Universidad Nacional de Tres de Febrero, Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Buenos Aires, Argentina

Investigador do Centro de Estudios sobre Genocidio - CEG/Untref (bolsa de pós-doutorado Conicet). Mestre e Doutor em Teoria e Filosofia do Direito (UERJ), com Sanduíche no Instituto de Filosofia do CSIC/Espanha (Consejo Superior de Investigaciones Científicas). Professor do mestrado da Universidade Vale do Cricaré/ES.

Natália Kleinsorgen, Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil

Jornalista e designer, mestra e doutoranda em Mídia e Cotidiano pelo Programa de Pós-Graduação em Mídia e Cotidiano da Universidade Federal Fluminense (PPGMC/UFF). Membra co-fundadora da coletiva de lésbicas e bissexuais Oitava Feminista (Niterói/RJ).

Citas

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Publicado

2022-12-19

Cómo citar

Justino, D., & Kleinsorgen, N. . (2022). O crime não existe, a notícia tampouco: seletividade penal e noticiabilidade no Brasil. aptura Críptica: recho, política, ctualidad, 11(1), 140–155. ecuperado a partir de https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/capturacriptica/article/view/5714

Número

Sección

Críptica