Quem vê close não vê lama

Autores

Palavras-chave:

Contravisualidade, Racismo ambiental, Educação Ambiental, Cinema ambiental desde el sur, Memória Portátil

Resumo

Os complexos de visualidade se fazem presentes em territórios transformados em zonas de sacrifício por conta de crimes ambientais previsíveis. Grandes corporações, com suas imagens em drones e poderio econômico para ocupar os meios de comunicação, impõe narrativas de um compromisso com a sustentabilidade e com eventual reparação as vítimas, bem distante da realidade presente nesses espaços. O presente artigo visa ilustrar a partir dos crimes ambientais causados por mineradoras em Mariana e Brumadinho como as evidências de racismo ambiental ficam submersas pela Lama de rejeitos tóxicos, e como o conflito socioambiental se desloca para os meios de comunicação.

Biografia do Autor

Clementino Luiz de Jesus Junior, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil

Doutor em Educação (UNIRIO); Mestre em Educação (UERJ); Graduado em Desenho Industrial (UFRJ); Pesquisador do GEASur/UNIRIO; Cineasta; Educador audiovisual, Educador Ambiental.

Referências

ACSELRAD, Henri. As práticas espaciais e o campo dos conflitos ambientais. In: ACSELRAD, Henri. Conflitos Ambientais no Brasil. Rio de Janeiro: Fundação Heinrich Böll, 2004.

CARNEIRO, Aparecida Sueli. A construção do outro como não-ser como fundamento do ser. 2005. 365 f. Tese. (Doutorado em Filosofia e Educação). Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005.

JESUS JUNIOR, Clementino Luiz de. A padroeira. Rio de Janeiro: GEASur, 2020

JESUS JUNIOR, C.L. Canto da lama - pedagogia e cinema desde el sur contra a necropolítica. 2022. 166f. Tese (Doutorado em Educação). Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2022.

KASSIADOU, Anne et al. Educação Ambiental desde El Sur. Macaé: Editora NUPEM, 2018.

MBEMBE, Achille. Necropolítica. Arte & Ensaios: Revista do PPGAV – UFRJ, n. 32, dez. 2016.

MIRZOEFF, N. O direito a olhar. Educação Temática Digital, v. 18, n. 4, p. 745-768, 17 nov. 2016.

PEREIRA, Dulce Maria (org). Perdas Ecossistêmicas: Barra Longa atingida pela ruptura da barragem de Fundão da SAMARCO/VALE/BHP BILLITON. Ouro Preto: Gráfica da UFOP, 2020. E-book.

PORTO, M. F.; PACHECO, T.; LEROY, J. P. Injustiça ambiental e saúde no Brasil: o Mapa de Conflitos. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2013. E-book.

Downloads

Publicado

2023-06-30

Como Citar

Jesus Junior, C. L. de. (2023). Quem vê close não vê lama. aptura Críptica: reito, política, tualidade, 12(1), 286–298. ecuperado de https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/capturacriptica/article/view/5868