Casa Azul: um (difícil) espaço de memória da Guerrilha do Araguaia da ditadura empresarial-militar brasileira

Autores

Palavras-chave:

Casa Azul, Guerrilha do Araguaia, Espaço de memória

Resumo

A Casa Azul é considerada um espaço de memória em disputa ao tentar afirmá-la como um espaço de vigilânica comemorativa acerda das violações lá ocorridas durante o período da dituadura empresarial-militar brasileira no contexto da Guerilha do Araguaia. As violações ainda se manifestam em seus diversos âmbitos, da memória coletiva, da necessidade de justiça e reparação às vítimas e familiares. Assim, a Casa Azul encontra-se no sentido de estabeleecer uma justiça transicional uma vez que lá funcionava como o principal centro de tortura da regisão, sentido este que é compartido com os desejos da sociedade civil, da Comissão Nacional da Verdade e também nos termos da condenação do Brasil na Corte Interamericana de Direitos Humanos. Portanto, em um primeiro momento realiza-se o contexto histórico da Guerilha, posteriormente, descreve-se os processos de produções de memórias sobre o referido contexto e, finalmente, descreve-se o difícil processo de transformação da Casa Azl como espacço de vigilância comemorativa

Biografia do Autor

Leonardo Evaristo Teixeira, Universidad Autónoma de San Luis Potosí, San Luis Potosí, San Luis Potosí, México

Mestrando em Direitos Humanos pela Universidad Autónoma de San Luís Potosí (UASLP-México) e bacharel em direito pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Ademais, é membro do Instituto de Pesquisa, Direitos e Movimentos Sociais.

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Publicado

2022-12-16

Como Citar

Teixeira, L. E. (2022). Casa Azul: um (difícil) espaço de memória da Guerrilha do Araguaia da ditadura empresarial-militar brasileira. aptura Críptica: reito, política, tualidade, 10(1), 104–119. ecuperado de https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/capturacriptica/article/view/5127

Edição

Seção

Críptica