Mme Jeux insurgés et stéréotypes de genre : réflexions sur un stage international en art et éducation

Jeux insurgés et stéréotypes de genre : réflexions sur un stage international en art et éducation

Auteurs

Mots-clés :

Mots-clés : genre ; enfance ; pédagogie décoloniale ; a/r/tographie ; ludothèque

Résumé

Résumé : Cet article présente l’expérience d’un stage supervisé réalisé au Colégio de Aplicação de l’Université Fédérale de Santa Catarina (UFSC) en 2025, mené par une étudiante du cursus d’Éducation de la petite enfance et du primaire avec spécialisation en Arts visuels de l’Université de Gérone (Espagne). La recherche avait pour objectif d’identifier les stéréotypes de genre dans les jeux libres de la ludothèque scolaire et de réfléchir à la manière dont les pratiques artistiques peuvent les remettre en question. L’expérience a été conduite selon une approche a/r/tographique, entrecroisant les rôles d’artiste, d’enseignante et de chercheuse, tout en intégrant observation, création et médiation pédagogique. Comme résultat, une installation artistique participative a été créée, conçue comme un dispositif esthétique de médiation et présentée ensuite dans une exposition à l’Espace Esthétique du CA-UFSC. Les résultats indiquent que la proposition a favorisé une remise en question critique des stéréotypes, élargi les manières de jouer et de s’exprimer des enfants, et offert à la stagiaire des apprentissages significatifs sur l’enseignement décolonial, la sensibilité culturelle et la construction d’une identité enseignante critique, créative et socialement engagée.

Biographies des auteurs

  • Débora da Rocha Gaspar, Universitat de Girona

    Doutora em Artes e Educação pela Universitat de Barcelona. Atualmente é professora e pesquisadora na área de Didática da Expressão Plástica e membro do grupo de pesquisa GREPAI da Universitat de Girona. 

  • Maria Rejsek Graells, Universitat de Girona

    Possui dupla titulação em Educação Infantil e Primaria com menção em Artes Visuais e Plásticas pela Universitat de Girona. Atualmente, é professora nas áreas de Educação Infantil e Anos Iniciais, sob a tutoria de Débora Gaspar da Rocha.

Références

ABAD, Vergara. A arte da performance na educação. Porto Alegre: Mediação, 2008.

BARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino da arte. 6. ed. São Paulo: Perspectiva, 2002.

BARBOSA, Ana Mae; CUNHA, Fernanda. Ensino da arte: entre práticas e teorias. São Paulo: Cortez, 2010.

BROUGÈRE, Gilles . Brinquedos e companhia. São Paulo: Cortez, 2004.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. 16. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018.

Disponível em:https://cursosextensao.usp.br/pluginfile.php/869762/mod_resource/ content/0/Judith%20Butler-Problemas%20de-g%C3%AAnero.Feminismo%20e%20subvers%C3%A3o-da%20identidade-Civiliza%C3%A7%C3%A3o%20Brasileira-%202018.pdf. Acesso em: 25 mar. 2025.

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, seção 1, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 15 jul. 2025.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em: 15 jul. 2025.

BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte. Brasília, DF: MEC/SEF, 1997. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/arte.pdf. Acesso em: 15 jul. 2025.

CARVALHO, Anna Maria Pessoa de. A Escola Nova: uma releitura necessária. In: BICUDO, Maria Aparecida Viggiani (org.). Pesquisa em educação: concepções e métodos. São Paulo: Cortez, 2004. p. 91-112.

CLARK, Lygia. Lygia Clark: da obra ao acontecimento: nós o corpo no mundo. Organização de Suely Rolnik. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2005.

FERRARI, Pri. Coisa de menino. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2020.

IRWIN, Rita L. et al. A/r/tography as living inquiry through art and text. Qualitative Inquiry, Thousand Oaks, v. 12, n. 6, p. 1103-1116, 2006.

MOURA, Maria Lúcia de Oliveira. Epistemologias do sul e pensamento decolonial: contribuições para a educação. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 11, n. esp. 1, p. 53-68, 2016.

OTICICA, Hélio. Aspiro ao grande labirinto. Rio de Janeiro: Rocco, 1986.

PAIVA, Angela. Descolonizar a educação: epistemologias, práticas e políticas. Belo Horizonte: Autêntica, 2021.

PETERS, L. L. Brincar para quê? Escola é lugar de aprender! estudo de caso de uma brinquedoteca no contexto escolar. 2009. Tese (Doutorado em Psicologia) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2009. Disponível em:https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/92692. Acesso em: 28 mar. 2025.

PERALES, Ramón García. La educación desde la perspectiva de género. Ensayos: Revista de la Facultad de Educación de Albacete, n. 27, p. 1-18, 2012.

ROMERO SÁNCHEZ, María del Carmen; VASCONCELLOS, Marta Maria de Araújo. Infâncias, arte e educação: provocando uma pedagogia da presença. In: ROMERO SÁNCHEZ, María del Carmen; REZENDE, Fernanda Pereira (org.). Infâncias, arte e política. Belo Horizonte: Autêntica, 2021. p. 17-34.

SALDAÑA, Dafne. Reorganizar el patio de la escuela, un proceso colectivo para la transformación social. Hábitat y Sociedad, n. 11, p. 185-199, 2018. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=6695848 .Acesso em: 28 mar. 2025.

SPRINGGAY, Stephanie; FREEDMAN, Debra (eds.). Curriculum and the Cultural Body. New York / Bern / Berlin: Peter Lang, 2007.

VECCHI, Vea. Arte y creatividad en Reggio Emilia: el papel de los talleres y sus posibilidades en educación infantil. Madrid: Ediciones Morata.

YNE, Lucia; MINERS, Paula. Aninha e João. Belo Horizonte: Lê Editora, 1999.

Téléchargements

Publiée

2025-12-20