Esta es un versión antigua publicada el 2023-12-29. Consulte la versión más reciente.

Teses sobre o conceito de filosofia (mestiça) ou como livrar-se do fantasma da filosofia pura

Autores/as

Palabras clave:

filosofia mestiça, filosofia pura

Resumen

Este ensaio aforismático apresenta algumas teses gerais sobre o conceito de filosofia, entendida em sua generalidade através do adjetivo ‘mestiça’ e em contraste crítico com a ideia e o mito de filosofia pura. Tais teses são acompanhadas por alguns dos argumentos em sua defesa, bem como por alguns de seus pressupostos e consequências metafilosóficos. De um lado, a partir dessas teses, procuro fazer uma caracterização abrangente e plural das possibilidades para fazer filosófico no mundo atual e no contexto da comunidade filosófica brasileira. De outro, a partir dessas mesmas teses, apresento uma genealogia e uma crítica do que denomino ‘fantasma da filosofia pura’. Essa metáfora conceitual indica a forma patológica pela qual a ideia e o mito da filosofia pura ainda dominam o imaginário da comunidade filosófica brasileira, limitando e distorcendo as possibilidades para o seu fazer filosófico. Essa genealogia e essa crítica se realizam diagnosticando três falsos dilemas gerados pelo fantasma da filosofia pura, apontando alguns meios para superá-los e potencializar nosso fazer filosófico sob o signo do conceito de filosofia mestiça.

Biografía del autor/a

Nazareno Eduardo de Almeida, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Possui graduação em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Catarina (1999), mestrado (2002) e doutorado (2005) em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Atualmente é Professor Adjunto do Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina, na área de Metafísica. Investiga questões ligadas à problemática sobre a relação pensamento-linguagem-mundo, tanto através de sua instauração no pensamento grego, quanto através de abordagens contemporâneas da mesma. Por conta de investigar esta problemática, opera com temas, questões e argumentos pertencentes aos campos da Ontologia, Filosofia da Linguagem, Lógica Filosófica, Teorias da Verdade, Filosofia da Mente, Semiótica Filosófica e Filosofia da Arte. É coordenador do Núcleo de Filosofia Antiga da UFSC e membro do Núcleo de Investigações Metafísicas da UFSC.

Citas

CHRITCHLEY, Simon. What is continental philosophy? In: CHRITCHLEY, Simon; SCHROEDER, William (Org.). A companion to continental philosophy. Oxford: Blackwell, 1999.

NIETZSCHE, Friedrich. Also sprach Zarathustra: ein Buch für Alle und Keinen. In: COLLI, Giorgio; MONTINARI, Mazzino (Ed.). Nietzsche Werke. Kritische Gesamtausgabe, vol. 1. Berlim: De Gruyter, 1968.

Referências complementares:

DE MOURA, Carlos Alberto Ribeiro. História stultitiae e história sapientiae. In: ______. Racionalidade e crise: estudos de história da filosofia moderna e contemporânea. São Paulo: Discurso Editorial e Editora da UFPR, 2001, p. 13-42.

LOEB, Paul; MEYER, Matthew (Ed.). Nietzsche’s metaphilosophy: the nature, method, and aims of philosophy. Cambridge: Cambridge UP, 2019.

MARGUTTI, Paulo. Filosofia brasileira e pensamento descolonial. Sapere Aude, v. 9, n. 18, p. 223-239, 2018.

__________. História da filosofia do Brasil; vol. 1. São Paulo: Loyola, 2010.

MARQUES, Ubirajara Racan de Azevedo. A escola francesa de historiografia da filosofia: notas históricas e elementos de formação. São Paulo: Unesp, 2007.

OVERGAARD, Soren; GILBERT, Paul; BURWOOD, Stephen. An introduction to metaphilosophy. Cambridge: Cambridge UP, 2013.

RAMOS, Alberto Guerreiro. A redução sociológica. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 1996 (1958).

RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. Rio de Janeiro: Global, 2010 (1995).

Publicado

2023-12-29

Versiones