SLOW FASHION, ECONOMIA CIRCULAR E CRIATIVA PARA A SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL NA MODA: O PAPEL DOS SERVIÇOS DE REDES SOCIAIS ONLINE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.29183/2447-3073.MIX2022.v8.n4.39-46

Resumo

O protagonismo que as Tecnologias de Informação e Comunicação ganharam na atualidade, fez com que espaços virtuais de inter-relacionamento, como os Serviços de Redes Sociais Online, expandissem as possibilidades de comunicação dos mais diversos grupos sociais. Movimentos de caráter sustentável do ponto de vista ambiental, que visam fomentar um padrão de consumo mais consciente têm, nestes espaços virtuais, oportunidades de visibilidade e disseminação de seus princípios. o objetivo deste artigo é refletir sobre a propagação dos princípios do movimento Slow Fashion no Serviço de Rede Social Online Instagram, como alternativa de consumo consciente de vestuário, e que transita entre os conceitos de Economia Circular e Economia Criativa. Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva, com abordagem qualitativa, que verifica a presença do Slow Fashion no Instagram a partir de uma estratégia de recuperação de informação baseada em palavras-chave, que configura a parte exploratória desta pesquisa. Verifica-se na coleta de dados que o Slow Fashion é um movimento com aderência no Brasil e está presente na plataforma Instagram. Conclui-se que, diante do cenário ambiental da contemporaneidade, as mudanças de hábitos individuais podem ser uma alternativa para sociedade civil contribuir para um caminho de consumo mais sustentável.

Biografia do Autor

Larissa Lima Silva, UFPA - Universidade Federal do Pará

Mestranda em Ciência da Informação, Universidade Federal do Pará.

Liz Rejane Issberner, IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

Pesquisadora titular do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia - IBICT. Professora do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação, no âmbito do convênio IBICT/UFRJ. Pós-doutorado no Institut de Recherche pour le Développement (IRD-Paris) no Programa Estágio Sênior no Exterior da CAPES. Doutorado e Mestrado em Engenharia de Produção pela COPPE/Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na área de Inovação Tecnológica e Organização Industrial. Doutorado sanduíche no centro de inovação do Science Policy Research Unit da Universidade de Sussex, Reino Unido. Graduação em Economia pela Faculdade de Economia e Administração da UFRJ. Coordenadora-Geral de Indicadores do Ministério de Ciência e Tecnologia entre 2008 e 2009. Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação-IBICT/UFRJ no biênio 2013/2014. Pesquisadora e líder do grupo de pesquisa: ECOINFO (Informação, conhecimento, inovação e sustentabilidade ambiental). Desenvolve estudos e pesquisas nas áreas de: inovação, ecoinovações, sustentabilidade socioambiental, Questões do Antropoceno, políticas e informação em meio ambiente, participação social nas política socioambientais.

Fernando de Assis Rodrigues, UFPA - Universidade Federal do Pará

Professor Adjunto no Instituto de Ciências Sociais Aplicadas, lotado na Faculdade de Arquivologia e no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade Federal do Pará. Doutor e Mestre em Ciência da Informação pela UNESP - Universidade Estadual Paulista. Especialista em Sistemas para Internet pela UNIVEM - Centro Universitário Eurípides de Marília. Bacharel em Sistemas de Informação pela USC - Universidade do Sagrado Coração. Membro dos grupos de pesquisa GPNTI - Novas Tecnologias em Informação e GPTAD - Tecnologias de Acesso a Dados (UNESP) e GECCIT - Grupo de Pesquisa - Grupo de Estudos Críticos sobre Ciência da Informação e Tecnologia (UFPA). Editor do periódico RECoDAF - Revista Eletrônica Competências Digitas para a Agricultura Familiar. Atua nas áreas da Ciência da Informação e da Ciência da Computação, com ênfase em Engenharia de Software, Bancos de Dados, Tecnologia de Informação e Comunicação e Ambientes Informacionais Digitais, focado principalmente nos seguintes temas: Coleta de Dados, Dados, Acesso a Dados, Serviços de Redes Sociais Online, Linked Data, Linked Open Data, Metadados, Internet Applications, Linguagens de Programação, Banco de Dados e Bases de Dados, Privacidade, Governo eletrônico, Open Government Data e Transparência Pública.

Referências

AVILA, A. P. S; MACIEL, D. M. H.; SILVEIRA, I.; RECH, S.R. Os Resíduos Têxteis Sólidos no Contexto de Abordagens Sustentáveis: Ciclo de Vida, Economia Circular e Upcycling. MIX Sustentável, [S.l.], v. 4, n. 3, p.17-24, out-mar. 2018. Disponível em: http://www.nexos.ufsc.br/index.php/mixsustentavel. Acesso em: 08 nov. 2021.

BERG, M. et al. Fashion on climate: how the fashion industry can urgently act to reduce its greenhouse gas emissions. [S. l]: McKinsey & Company; Global Fashion Agenda, 2020. Disponível em: https://www.mckinsey.com/~/media/mckinsey/industries/retail/our%20insights/fashion%20on%20climate/fashion-on-climate-full-report.pdf. Acesso em: 19 ago. 2021.

BREWER, M. K. Slow Fashion in a Fast Fashion World: Promoting Sustainability and Responsibility. Laws, Basileia, Suíça, v. 8, n. 24, 2019. Disponível em: https://www.mdpi.com/2075-471X/8/4/24/htm. Acesso em: 19 ago. 2021.

ELLEN MACARTHUR FOUNDATION. Completando a Figura: como a economia circular ajuda a enfrentar as mudanças climáticas. Setembro, 2019. Disponível em: https://www.ellenmacarthurfoundation.org/assets/downloads/Completando-a-Figura.pdf. Acesso em: 23 ago. 2021.

FRAGOSO, S. [Apresentação do livro Redes Sociais na Internet]. In: RECUERO, R. Redes Sociais na Internet. 2. ed. Porto Alegre: Sulina, 2020.

FLETCHER, K. Slow Fashion: An Invitation for Systems Change. The Journal of Design, Creative Process & the Fashion Industry, v. 2, 2010. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/233596614_Slow_Fashion_An_Invitation_for_Systems_Change/related. Acesso em: 24 ago. 2021.

ISSBERNER Liz-Rejane; LÉNA, Philippe. Antropoceno: Os desafios essenciais do debate científico. Unesco Courrier. March-June 2018. Disponível em: https://pt.unesco.org/courier/2018-2/antropoceno-os-desafios-essenciais-um-debate-cientifico. Acesso em: 18 out. 2021.

JACOBI, P.R.; MAIA, R. A. Challenges, and strategies to strengthen the relationship between science and politics regarding climate change. Ambiente e Sociedade, v.19, n. 4, 2016.

https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-753X2016000400235. Acesso em: 14 ago. 2021.

KANT, R. Textile dyeing industry an environmental hazard. Natural Science, v. 4 n.1, 2012. Disponível em: https://www.scirp.org/html/4-8301582_17027.htm#Table%201. Acesso em: 19 ago. 2021.

MASSON-DELMOTTE, V. et al. Aquecimento Global de 1,5°C: Relatório especial do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) sobre os impactos do aquecimento global de 1,5°C acima dos níveis pré-industriais e respectivas trajetórias de emissão de gases de efeito estufa, no contexto do fortalecimento da resposta global à ameaça da mudança do clima, do desenvolvimento sustentável e dos esforços para erradicar a pobreza. Tradutora: Mariane Arantes Rocha de Oliveira. Suíça: WMO; UNEP, 2018. Disponível em: https://www.ipcc.ch/site/assets/uploads/2019/07/SPM-Portuguese-version.pdf. Acesso em: 20 ago. 2021

MINISTÉRIO DA CULTURA (Brasil). Plano da Secretaria da Economia Criativa: políticas, diretrizes e ações, 2011 – 2014. Brasília: [s n], 2011. 148 p. Disponível em: https://garimpodesolucoes.com.br/wp-content/uploads/2014/09/Plano-da-Secretaria-da-Economia-Criativa.pdf. Acesso em: 25 ago. 2021.

MOTTA, W. H. Ciclo de vida do produto e a geração de ecoinovações: desafios para o Brasil. Orientadora: Liz-Rejane Issberner, 2016. 218f. Tese (Doutorado em Ciência da Informação) – Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto brasileira de Informação em Ciência e Tecnologia, Rio de Janeiro, 2016. Disponível em: https://ridi.ibict.br/handle/123456789/891. Acesso em: 16 ago. 2021

NAVARRETE, L. E. Moda Sustentável na Amazônia: princípios, processos criativos e produtos eco amigáveis. Orientador: Miguel Santa Brígida Júnior. 2018. 88 f. Dissertação (Mestrado em Artes) - Programa de Pós-Graduação em Artes, Instituto de Ciências da Arte, Universidade Federal do Pará, Belém, 2018. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10141. Acesso em: 14 ago. 2021.

RECUERO, R. Redes Sociais na Internet. 2. ed. Porto Alegre: Sulina, 2020

REIS, A. C. F. Economia da Cultura e desenvolvimento sustentável: o caleidoscópio da cultura. Barueri: Manole, 2006. Disponível em: https://garimpodesolucoes.com.br/wp-content/uploads/2014/09/Final-Economia-da-Cultura-e-Desenvolvimento-Sustent%C3%A1vel-Ana-Carla-Fonseca-Reis.pdf. Acesso em: 25 ago. 2021.

RODRIGUES, F. A.; SANT'ANA, R. C. G. Ficção científica e realidade da coleta de dados em Redes Sociais Online: análise de um episódio do seriado Black Mirror. In: MORAES, J. A.; RODRIGUES, F. A.; PANTALEÃO, N.C.A. (org.). Tecnologias e Sociedade Discussões Contemporâneas. São Paulo: FiloCzar, 2019.

SILVA, N.; ISSBERNER, L.; PRADO, P. Ecoinovação e os pequenos negócios no enfrentamento da crise ambiental. Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 19., 2018, Londrina. Anais [...]. Londrina: UEL, 2018. Disponível em: http://hdl.handle.net/20.500.11959/brapci/103149. Acesso em: 16 ago. 2021.

SLOW FASHION MOVEMENT. Slow Fashion Season 2021. [S.l :s. n], 2021. Disponível em: https://www.slowfashion.global/?lng=pt. Acesso em: 29 ago. 2021.

SOARES, D. V.; LEAL, P. S. T. Consumidor e redes sociais: a nova dimensão do consumismo no espaço virtual. Revista Pensamento Jurídico, São Paulo, v. 1, n. 1, jan./jul. 2020. Disponível em: http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/documentacao_e_divulgacao/doc_biblioteca/bibli_servicos_produtos/bibli_informativo/bibli_inf_2006/RPensam-Jur_v.14_n.1.10.pdf. Acesso em: 18 dez. 2021.

STEFFEN, W.; GRINEVALD, J.; CRUTZEN, P.; MCNEILL, J. The Anthropocene: conceptual and historical perspectives. Philosophical Transactions: Mathematical, Physical and Engineering Science. [S. l], v. 369, n. 1938, 2011, p. 842-67. Disponível em: http://www.jstor.org/stable/41061703. Acesso em: 03 deztive Economy and uses. 2021.

PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O MEIO AMBIENTE. Na indústria têxtil, o antigo está se tornando cada vez mais novo. [S.l:s. n], [2021]. Disponível em: https://www.unep.org/pt-br/noticias-e-reportagens/reportagem/na-industria-textil-o-antigo-esta-se-tornando-cada-vez-mais-novo. Acesso em: 30 ago. 2021.

VOLKER, Z.; ACHZET, B.; RELLER, A. Recursos estratégicos para tecnologias emergentes. In: Scheunemann, I.; Oosterbeek L. (org.). Um novo paradigma da sustentabilidade: Teoria e práxis da Gestão Integrada do Território / - Rio de Janeiro: IBIO, 2012.

ZANZI, A.; SILVEIRA, I.; ROSA, L.; SCHULTE, N. Para além do otimismo: a sustentabilidade na moda durante a pandemia. MIX Sustentável, v. 8, n. 1, p. 19-28. 2022. Disponível em: https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/mixsustentavel/article/view/4684/0. Acesso em: 02 dez. 2021.

Downloads

Publicado

2022-09-02

Como Citar

Silva, L. L., Issberner, L. R., & Rodrigues, F. de A. (2022). SLOW FASHION, ECONOMIA CIRCULAR E CRIATIVA PARA A SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL NA MODA: O PAPEL DOS SERVIÇOS DE REDES SOCIAIS ONLINE. IX Sustentável, 8(4), 39–48. https://doi.org/10.29183/2447-3073.MIX2022.v8.n4.39-46