Criminologia antropofágica: aportes para uma criminologia crítica brasileira

Autores

  • Luciano Góes Universidade Federal de Santa Catarina

Palavras-chave:

Criminologia, Etiologia, Estereótipo, Seletividade, Genocídio

Resumo

Em face da imprescindível decolonialidade e norteado pela criminologia da libertação como construção de uma criminologia crítica própria, contra-hegemônica, criminologia antropofágica esta assentada aqui em um duplo sentido. O primeiro explicita a auto-destruição que a recepção do paradigma etiológico representou no continente latino-americano, sendo que no Brasil sua tradução incorporou algumas especificidades. O segundo se refere exatamente a necessidade de levar em consideração essas especificidades na construção de uma criminologia crítica brasileira, ou seja, em uma perspectiva antropofágica oswaldiana. Outrossim, esse artigo é parte integrante de um projeto que tentará, a várias mãos, construir uma criminologia verdadeiramente brasileira. Nestes
termos, pretendemos contribuir com alguns aportes que vão desde e o estereótipo do criminoso à sua recepção acrítica no Brasil, que naquele momento, abandonava o modelo escravocrata que construiu nosso país a base de suor e sangue. Entretanto, em que pese, o modelo de produção tenha sido modificado, o sistema punitivo escravagista ainda continua vigente, moendo a mesma gente em moinhos diferentes, continuando o genocídio.

Biografia do Autor

Luciano Góes, Universidade Federal de Santa Catarina

Advogado criminal, mestrando da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), coordenador operacional do projeto de extensão “Universidade Sem Muros” e
bolsista CAPES.

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Publicado

2013-12-31

Como Citar

Góes, L. (2013). Criminologia antropofágica: aportes para uma criminologia crítica brasileira. aptura Críptica: reito, política, tualidade, 4(1), 95–120. ecuperado de https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/capturacriptica/article/view/3180

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