O Rei e o Palhaço: notas sobre o jurista, o judiciário, o Direito e a Arte

Autores

Palavras-chave:

Direito, Arte, Rei, Palhaço, Antonio Nóbrega, Bráulio Tavares

Resumo

O presente artigo tem por objetivo tecer algumas notas à letra musical de “O rei e o palhaço”, correlacionando o jurista, o judiciário, o Direito e a Arte nos papéis de cada um. Neste sentido, o jurista tradicional representaria o papel do rei, assim como descreveria a atuação prática do Direito no dia- a-dia; enquanto que a Arte, em qualquer das suas manifestações, podem e bem representam a figura do palhaço. Ao final se perceberá que a figura do palhaço, tão desprestigiada e desprezada corriqueiramente pelos juristas tradicionais, cotidianamente desejosos de serem e atuarem como reis, pode e deve ser usada como modo de mostrar ao jurista papéis diferentes possíveis.

Biografia do Autor

  • José Alexandre Ricciardi Sbizera, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil

    Mestrando em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC; especialista em Direito e Processo Penal pela Universidade Estadual de Londrina – UEL; bacharel em Direito pela Universidade do Norte do Paraná – UNOPAR, campus Londrina.

Referências

ADORNO, Theodor. Notas de literatura I. São Paulo: Duas Cidades; Ed. 34, 2003.

AGAMBEN, Giorgio. Profanações. São Paulo: Boitempo, 2007.

AGUIAR, Roberto A. R. de. Habilidades: ensino jurídico e contemporaneidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2004.

BERMAN, Harold. Direito e revolução: a formação da tradição jurídica ocidental. São Leopoldo: Unisinos, 2006.

BOAL, Augusto. A estética do oprimido: reflexões errantes sobre o pensamento do ponto de vista estético e não científico. Rio de Janeiro: Garamond, 2009.

CANDIDO, Antonio. Literatura e sociedade: estudos de teoria e história literária. 10. ed. Rio de Janeiro: Ouro sobre azul, 2008.

COLI, Jorge. O que é arte. São Paulo: Brasiliense, 2006.

CORTÁZAR, Julio. Histórias de cronópios e de famas. Rio de Janeiro:

Civilização Brasileira, 2009.

GROSSI, Paolo. Mitologias jurídicas da modernidade. 2. ed. Florianópolis: Boiteaux, 2007.

FLORES, Joaquín Herrera. A (re)invenção dos direitos humanos. Florianópolis: Fundação Boiteaux, 2009.

FLORES, Joaquín Herrera. Los derechos humanos como productos culturales: crítica del humanismo abstracto. Madrid: Catarata, 2005.

FLORES, Joaquín Herrera. O nome do riso: breve tratado sobre arte e dignidade. Porto Alegre: Movimento; Florianópolis: CESUSC; Bernúncia, 2007.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. 21. ed. Rio de Janeiro: Edições Graal, 2005.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz a Terra, 2009. GODOY, Arnaldo. Direito e história: uma relação equivocada. Londrina:

Humanidades, 2004.

LIPOVETSKY, Gilles. A era do vazio: ensaios sobre o individualismo contemporâneo. Barueri: Manole, 2005.

LYRA FILHO, Roberto. O que é direito. 17. ed. São Paulo: Brasiliense, 2005. MEIRA, Cécil. Introdução ao estudo da literatura. 4. ed. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1974.

NIETZSCHE, Friedrich. Genealogia da moral. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Escrita INKZ: anti-manifesto para uma arte incapaz. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2004.

SANTOS, Idelette Muzart Fonseca dos. Em demanda da poética popular: Ariano Suassuna e o movimento armorial. 2. ed. Campinas: Editora da Unicamp, 2009.

SBIZERA, José Alexandre Ricciardi; et ali. Arte e direito: a função da literatura na formação do pensamento jurídico crítico. In. Diritto & Diritti. Itália, março de 2011. Disponível em: <http://www.diritto.it/categories/7_diritto-brasiliano#>

WARAT, Luis Alberto. A ciência jurídica e seus dois maridos. In. Territórios desconhecidos: a procura surrealista pelos lugares do abandono do sentido e da reconstrução da subjetividade. Florianópolis: Fundação Boiteaux, 2004.

Downloads

Publicado

2016-03-09

Edição

Seção

Críptica

Como Citar

O Rei e o Palhaço: notas sobre o jurista, o judiciário, o Direito e a Arte. (2016). Captura Críptica: Direito, política, Atualidade, 3(2), 193-212. https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/capturacriptica/article/view/5823