“A violência contra a mulher não é o mundo que a gente quer”: mobilização e participação social na Marcha das Vadias

Autores

Palavras-chave:

Gênero, Feminismo, Cidadania, Sociedade Civil Organizada, Marcha das Vadias

Resumo

O presente artigo pretende analisar o movimento da “Marcha das Vadias”, ou Slut Walk, como instrumento de mobilização social, para que os direitos das mulheres sejam reconhecidos como concretização do direito à cidadania. O artigo discutirá a origem do movimento, sua articulação no Canadá e no Brasil, e analisará alguns de seus resultados por meio de entrevistas realizadas com as líderes do movimento na cidade de Brasília-DF.

Biografia do Autor

Carolina Costa Ferreira, Centro Universitário de Brasília, Brasília, Brasil

Mestre em Direito, Estado e Constituição pela Universidade de Brasília (UnB). Pesquisadora do Grupo Candango de Criminologia (GCCrim/UnB). Professora de Direito Penal e Processo Penal do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB). Coordenadora de Editoração da Revista Jurídica da Presidência. Advogada.

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Publicado

2016-03-09

Como Citar

Ferreira, C. C. . (2016). “A violência contra a mulher não é o mundo que a gente quer”: mobilização e participação social na Marcha das Vadias. aptura Críptica: reito, política, tualidade, 3(2), 155–170. ecuperado de https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/capturacriptica/article/view/5821

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