Educação patrimonial na arqueologia consultiva
análise documental sobre ações realizadas no oeste de Santa Catarina
Palavras-chave:
Educação patrimonial na arqueologia consultiva, empreendimentos hidroenergéticos no oeste catarinense, indígenasResumo
Este artigo é um fragmento da tese “Patrimônio e memória indígena nas escolas do oeste catarinense”, em fase de elaboração no Programa de Pós-Graduação em História (PPGH) da Universidade de Passo Fundo (UPF). Objetiva-se analisar o componente que trata do programa de Educação Patrimonial proposto ou executado nas escolas localizadas nos municípios afetados pelos empreendimentos hidroenergéticos da região. Investigam-se 11 projetos e 14 relatórios que versam sobre as atividades realizadas pelos arqueólogos no âmbito do Licenciamento Ambiental, na área dos empreendimentos hidroenergéticos localizados no oeste catarinense, mantidos no CEOM/Unochapecó, entre 2015 e 2020. Problematiza-se como as ações desses empreendimentos nas escolas regionais têm-se prestado ao cumprimento da legislação e à partilha do conhecimento relacionado ao patrimônio arqueológico indígena. Conclui-se que a arqueologia consultiva interage e interfere em locais que abrigam a memória coletiva das comunidades, no entanto a Educação Patrimonial, afetada pela mercantilização das práticas arqueológicas, não é realizada por meio de um processo sistemático e contínuo, as ações educativas não são a prioridade no contexto desse tipo de projeto e, ao que parece, não se configuram como Educação Patrimonial (contínua e sistemática, pretendida na legislação mais recente), pois são ações temporárias.
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