O OLHAR DO DESIGN SOBRE A CERÂMICA NARRATIVA DO GRUPO FLOR DO BARRO – CARUARU/PE
DOI:
https://doi.org/10.29183/2447-3073.MIX2022.v8.n2.143-153Palavras-chave:
Design de Produto, Artesanato Cerâmico, Alto do Moura.Resumo
O Alto do Moura, bairro da cidade de Caruaru, é reconhecido por seu artesanato de peças figurativas cerâmicas com influência do Mestre Vitalino, entre outros artesãos. Fruto da tradição ceramista, desde 2014, o Grupo Flor do Barro, formado por mulheres artesãs, se reúne com o interesse comum de visibilidade e reconhecimento do seu artesanato. O presente artigo apresenta os primeiros resultados de um projeto de extensão do Curso de Design da UFPE, direcionado a esse grupo de mulheres artesãs, que busca aproximar o design com o artesanato local. O método de pesquisa adotado foi o proposto pelo Laboratório de Design O Imaginário/UFPE, baseado em cinco eixos norteadores: Design, Gestão, Produção, Comunicação e Mercado. Os resultados do diagnóstico do Grupo apontam para um processo criativo representado pela narrativa da vida cotidiana, memórias familiares e empoderamento feminino; uma produção cerâmica rudimentar sustentada pela modelagem manual e queima por fornos à lenha; acabamento das peças por pintura a frio e comercialização limitada à visitação turística no bairro. Ao mesmo tempo que se percebe um grupo politicamente organizado capaz de ser vetor de ações públicas para o artesanato local, o processo produtivo é individual.O Alto do Moura, bairro da cidade de Caruaru, é reconhecido por seu artesanato de peças figurativas cerâmicas com influência do Mestre Vitalino, entre outros artesãos. Fruto da tradição ceramista, desde 2014, o Grupo Flor do Barro, formado por mulheres artesãs, se reúne com o interesse comum de visibilidade e reconhecimento do seu artesanato. O presente artigo apresenta os primeiros resultados de um projeto de extensão do Curso de Design da UFPE, direcionado a esse grupo de mulheres artesãs, que busca aproximar o design com o artesanato local. O método de pesquisa adotado foi o proposto pelo Laboratório de Design O Imaginário/UFPE, baseado em cinco eixos norteadores: Design, Gestão, Produção, Comunicação e Mercado. Os resultados do diagnóstico do Grupo apontam para um processo criativo representado pela narrativa da vida cotidiana, memórias familiares e empoderamento feminino; uma produção cerâmica rudimentar sustentada pela modelagem manual e queima por fornos à lenha; acabamento das peças por pintura a frio e comercialização limitada à visitação turística no bairro. Ao mesmo tempo que se percebe um grupo politicamente organizado capaz de ser vetor de ações públicas para o artesanato local, o processo produtivo é individual.Referências
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