PASSIVHAUS APLICADO AO INSTITUTO DE ARTES LYGIA PAPE
DOI:
https://doi.org/10.29183/2447-3073.MIX2018.v4.n2.25-34Resumo
Atualmente as crescentes demandas por energia configuram-se em um dos maiores problemas da construção civil, visto que a maior parcela do gasto energético parte justamente do uso e manutenção das edificações. Neste contexto, a Arquitetura Passiva tem sido aplicada no intuito de projetar ambientes termicamente confortáveis com menor gasto energético possível. Assim, esta pesquisa objetiva estudar a aplicação do conceito Passivhaus, e de seus preceitos fundamentais, no projeto arquitetônico do Instituto de Artes Lygia Pape, verificando a adaptação desta norma à zona bioclimática brasileira 8. A norma Passivhaus foi primeiramente empregada nos climas frios do norte da Europa, a partir da década de 1980, e vem sendo ao longo dos anos adaptada para os climas mais quentes. Neste artigo é apresentado o projeto arquitetônico proposto para o Instituto de Artes, junto aos recursos demandados para a melhor apropriação da norma ao clima da região brasileira pertencente a zona bioclimática 8, onde encontra-se a cidade de Vitória-ES. Por fim, os dados relativos ao desempenho térmico do edifício são obtidos através da ferramenta Passive House Planning Package (PHPP), esses resultados são confrontados com a referida norma e com a norma de desempenho térmico brasileira NBR 15220:2005. Como resultado observa-se a viabilidade de aplicação da norma alemã, com adequações as peculiaridades climáticas, a edificações localizadas na zona bioclimática brasileira 8. Além disso, ressalta-se que a aplicação dos princípios fundamentais desta norma em edificações brasileiras indica uma redução do gasto energético durante a fase de uso e manutenção da edificação.
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