ARQUITETURA COM CHEIRO DE MATO: A EXPERIÊNCIA PARTICIPATIVA NA CONCEPÇÃO DE UM CENTRO COMUNITÁRIO

Autores

  • Thiago Carvalho Brito Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Fernanda Rabelo Oliveira Universidade Potiguar
  • Paulo Lisboa Nobre Universidade Federal do Rio Grande do Norte

DOI:

https://doi.org/10.29183/2447-3073.MIX2017.v3.n2.33-39

Palavras-chave:

Arquitetura bioclimática, Processo Participativo, Centro Comunitário

Resumo

O presente artigo está pautado na aplicação do processo participativo como metodologia de um projeto social, visando demonstrar a eficácia do diálogo com a comunidade na construção de um programa de necessidades condizente com a realidade local e que fortalece sentimentos de pertencimento e identidade com o lugar. Em consonância com esse objetivo, propõe-se um anteprojeto arquitetônico de um Centro Comunitário situado no bairro de Lagoa Azul no município de Natal/RN. Nesse contexto, foi adotado como conceito a "Arquitetura com Cheiro de Mato", que resgata a relação do homem com o meio ambiente e suas memórias afetivas vinculadas aos elementos naturais e utilizando os princípios da Arquitetura Bioclimática. As diretrizes do projeto foram definidas a partir do uso dos aspectos bioclimáticos e do processo participativo como condicionantes projetuais, desenvolvidos a partir de estudos teórico-metodológicos-referenciais que possibilitaram estabelecer relações entre esses temas. Espera-se que a adoção de tal percurso metodológico possa promover soluções mais adequadas ao lugar, gerando maior qualidade de vida e a preservação do meio ambiente.

Biografia do Autor

Thiago Carvalho Brito, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Arquiteto e Urbanista, mestre em Arquitetura, Projeto e Meio Ambiente pela UFRN (2016). Atua como Professor no curso Arquitetura e Urbanismo e de Design de Interiores pela Universidade Potiguar (2011), desenvolve Projetos Arquitetônicos e Urbanísticos, participou como autor e co-autor de projetos de urbanização para espaços públicos, terminais turísticos e condomínios residenciais em diversos municípios do RN. Com destaque também, para atividades diretamente relacionadas à elaboração de projetos de Arquitetura de Interiores comerciais, residenciais, detalhamentos técnicos, dentre outros.

Fernanda Rabelo Oliveira, Universidade Potiguar

Concluinte do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Potiguar - UnP (2017.2). É bolsista do Programa de Educação Tutorial (PET), vinculado à Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC). Atualmente, encontra-se no processo de elaboração do seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) na área do urbanismo tático e da arquitetura efêmera, analisando intervenções temporárias e o conceito da amabilidade urbana como estratégias de resgate da vivacidade dos espaços públicos dentro do contexto contemporâneo. Tem experiência em projetos de macro escala, urbanos e paisagísticos; e de micro escala, arquitetônicos, reformas e de ambientação. Atuou no movimento estudantil como uma das lideranças do Centro Acadêmico de Arquitetura e Urbanismo Giácomo Palumbo - CAGIPA-UnP (2013 - 2016) e como Assesora Regional (Gestão 2015 - 2016) na Federação Nacional dos Estudantes de Arquitetura e Urbanismo (FeNEA).

Paulo Lisboa Nobre, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Graduado em Arquitetura e Urbanismo (1992), Especialista em Estudos do Habitat Construído com Ênfase na Questão Ambiental (1999), Mestre (2001) e Doutor (2012) em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Professor do Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo e do Mestrado Profissional do Programa de Pós-graduação em Arquitetura Projeto e Meio Ambiente (PPAPMA/UFRN) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Tem experiência nas áreas de Arquitetura Paisagística, Planejamento Urbano e Ambiental. Atua principalmente nos seguintes campos: Paisagem, Paisagem Cultural e Jardins Históricos, Espaços Livres Urbanos, História da Cidade e do Urbanismo. 

Referências

AMARAL, I. Ressaltando as tensões tectônicas: a complexidade dos conflitos criativos e construtivos na concepção do projeto. ENANPARQ II Encontro Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo. Natal: [s.n.]. 2012.

ASBEA. Guia sustentabilidade na arquitetura: diretrizes de escopo para projetistas e contratantes. São Paulo: Prata Design, 2012.

BITTENCOURT, L.; CÂNDIDO, C. Ventilaçao Natural em Edificações. PROCEL EDIFICA. Rio Janeiro. 2010.

BONFIM, C. D. J. et al. Centro Comunitário. Núcleo de Documentação Técnica e Divulgação. Lisboa PT. 2000.

CAPISTRANO, L. F. D. et al. Memória minha comunidade: Lagoa Azul. Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo- SEMURB. Natal. 2013.

CORBELLA, O.; YANNAS, S. Em busca de uma arquitetura sustentável para os trópicos: conforto ambiental. Rio de Janeiro: Revan, 2003.

CORREA, C. B. DROPS. www.vitruvius.com.br, 2001. ISSN 004.07. Disponivel em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/drops/02.004/1590>. Acesso em: 17 jul. 2015

HOLANDA, A. D. Roteiro para construir no nordeste; arquitetura como lugar ameno nos trópicos ensolarados. Recife: UFPE Mestrado de Desenvolvimento Urbano, 1976.

LAWSON, B. Como arquitetos e designers pensam. 1. ed. São Paulo: Oficina de textos, 2011.

MAHFUZ, E. D. C. Ensaio sobre a razão compositiva: uma investigação sobre a natureza das relações entre as partes e o todo na composição arquitetônica. Belo Horizonte: AP Cultural, 1995.

NUNES, D. Pedagogia da participação. Salvador: UNESCO/Quarteto, 2002.

PRONSATO, S. A. D. Arquitetura e Paisagem: projeto participativo e criação coletiva. 1. ed. São Paulo: AnnaBlume, Fapesp, Fupam, 2005.

Downloads

Publicado

2017-03-20

Como Citar

Brito, T. C., Oliveira, F. R., & Nobre, P. L. (2017). ARQUITETURA COM CHEIRO DE MATO: A EXPERIÊNCIA PARTICIPATIVA NA CONCEPÇÃO DE UM CENTRO COMUNITÁRIO. IX Sustentável, 3(2), 33–39. https://doi.org/10.29183/2447-3073.MIX2017.v3.n2.33-39