COMPACIDADE DOS ESPAÇOS ARQUITETÔNICOS
DOI:
https://doi.org/10.29183/2447-3073.MIX2017.v3.n1.100-108Palavras-chave:
arquitetura, compacidade, funcionalidadeResumo
A maioria da população do mundo vive em cidades, segundo as Nações Unidas (2015), fazendo o estudo da densidade urbana de grande importância. Por outro lado, o número de edifícios altos aumentou acentuadamente nos grandes centros urbanos, como o de São Paulo que atualmente tem cerca de 12 milhões de habitantes, apresentando um processo de construção verticalizada e , ao mesmo tempo, uma redução significativa nas áreas construídas per capita. Grande parte da população opta por unidade de habitação compacta, buscando uma boa localização com infraestrutura e serviços que incrementam a qualidade de vida. Apartamentos com menor áreas privadas em locais mais qualificados são resultados da formação de famílias com menos filhos ou de família com idosos, que buscam modelos mais adequados para a vida em grandes centros metropolitanos. Este processo de verticalização tem produzido um aumento na compacidade das unidades habitacionais, o que pode reduzir a funcionalidade arquitetônica e a satisfação do usuário. Neste âmbito, o Índice de Compacidade é um dos indicadores mais úteis para avaliar o quanto o projeto de um espaço pode estar longe do perímetro mais econômico, aquele determinado por suas paredes externas. É comum se adotar as áreas construídas como determinantes do custo da construção, esquecendo-se que o custo é uma função também das quantidades de paredes, materiais e revestimentos empregados. Neste contexto, o trabalho busca mostrar que a compacidade deve ser analisada de forma tridimensional, pois determina o desempenho do espaço interno, como o sistema de ar condicionado, a eficiência energética e o custo das divisórias internas e dos materiais utilizados. Por fim, busca-se estabelecer um método para determinação do índice de compacidade espacial. Os resultados mostram que espaços pequenos e compactos tendem a induzir funções sobrepostas, o que pode agravar os conflitos de uso. Tais espaços requerem um design detalhado que permita usos simultâneos e diferentes para ser adaptado às novas necessidades e aos perfis dos usuários contemporâneos.
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