BRINCADEIRAS TRADICIONAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Palavras-chave:
Educação Infantil, culturas infantis, brincadeiras tradicionais orais, PIBID Alfabetização, LEEIResumo
Este artigo apresenta dados do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) - Alfabetização, em uma instituição de Educação Infantil, que decorreu da pergunta: Nas instituições de Educação Infantil, as brincadeiras de tradição oral são priorizadas nas práticas pedagógicas? Tem como objetivo compreender se e como as brincadeiras de tradição oral são priorizadas nas práticas pedagógicas na Educação Infantil. As observações ocorreram em uma turma IV de uma instituição pública em Natal-RN, composta por crianças entre 5 e 6 anos de idade. O trabalho fundamenta-se em autoras como Corsino (2012) e Araujo (2011, 2016, 2023, 2024), destacando o brincar como linguagem, expressão da cultura lúdica e como um direito das crianças a uma Educação Infantil de qualidade e com significado. Defende-se o resgate de brincadeiras de tradição oral, fortalecendo a identidade cultural das crianças e estimulando a linguagem, a criatividade e a imaginação, que são aspectos essenciais para seu desenvolvimento integral. A pesquisa é de natureza qualitativa e com base na observação de dez dias da prática docente. Como resultados, foi possível identificar que os textos de tradição oral são valorizados na prática pedagógica, em atividades diferentes na rotina da turma, como na chamada, nos momentos de roda e nas brincadeiras livres. Percebeu-se a valorização do brincar como um direito da criança e como atividade essencial ao seu desenvolvimento integral, envolvendo a imaginação, a oralidade, a escuta, o corpo e as múltiplas linguagens.
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