Dazaranha: o pertencimento, a preservação e o universo fantástico em seu álbum de estreia
Resumo
Neste artigo buscamos analisar musicalmente, a partir do campo da História e Música, três canções presentes no relançamento de “Seja Bem-Vindo”, álbum de estreia da banda florianopolitana, Dazaranha, lançado em 2000. Diferentemente de sua versão original lançada em 1996, esta versão contém, além das dez faixas iniciais, mais cinco faixas bônus. Identificamos a sonoridade original dos primeiros anos da banda, juntamente à aproximação lírica com três aspectos específicos referentes ao seu tempo e ao espaço em que habitavam, foram alguns dos responsáveis pela identificação da banda com a cidade de Florianópolis e a Ilha de Santa Catarina em si. Os aspectos citados, presentes em recortes de letras das canções do álbum são: a noção de pertencimento à comunidade; a preservação da Ilha de Santa Catarina; e a temática mito-mágica da cultura florianopolitana. A partir da metodologia desenvolvida por Marcos Napolitano, foram escolhidas para análise as canções “Mário César”, “Shau Pais Baptiston” e “Galheta”. Além delas foram utilizadas também entrevistas, depoimentos e matérias jornalísticas de época que nos ajudam a contar essa história, desde as origens humildes da banda no bairro Saco Grande, até o lançamento e repercussão do celebrado álbum. Concluímos que a união destes aspectos, foram responsáveis pelo imediato sucesso local da banda, elevada posteriormente ao posto de maior banda catarinense de todos os tempos.
