A Violência Política de Gênero em Santa Catarina: o caso de Maria Tereza Capra

Autores

  • Manoela de Oliveira Veras LEGH UFSC
  • Veronika Leyes Decker LEGH UFSC
  • Joana Maria Pedro LEGH UFSC
  • Janine Gomes da Silva LEGH UFSC

Resumo

Na última década, a violência política cresceu expressivamente no Brasil, tanto nas ruas quanto nas redes sociais, dificultando a inclusão de diferentes vozes na política formal (Anjos et al., 2022; Stabile, 2022). Entre essas agressões, destaca-se a violência política de gênero (VPG), que visa impedir a participação de mulheres na política por meio de ameaças, difamações e agressões verbais, físicas e psicológicas (Albaine, 2016). Um caso recente que ganhou notoriedade foi o da vereadora Maria Tereza Capra (PT) que, após denunciar uma manifestação supostamente nazista ocorrida em novembro de 2022 em São Miguel do Oeste, sofreu um processo de cassação, bem como ameaças de morte e perseguições que motivaram sua saída da cidade por um período e que se configuram como violência política de gênero. À vista disso, este artigo pretende discutir o crescimento da extrema-direita na política catarinense e relacioná-la com a violência política de gênero sofrida por Maria Tereza Capra, identificando-a tanto no protesto denunciado como também na maneira como o processo de cassação ocorreu. Para tanto, realizou-se uma entrevista com a vereadora. Ademais, utilizou-se a História Oral como metodologia, a pesquisa bibliográfica e o levantamento das publicações sobre o episódio na mídia impressa e na internet. Entre os resultados preliminares, encontra-se a vinculação da violência política de gênero com a escalada da extrema-direita no cenário estadual.

Biografia do Autor

Veronika Leyes Decker, LEGH UFSC

Graduanda em História na Universidade Federal de Santa Catarina. Integrante do Laboratório de Estudos de Gênero e História (LEGH UFSC).

Joana Maria Pedro, LEGH UFSC

Doutora em História Social pela Universidade de São Paulo. Professora aposentada do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Santa Catarina. Integrante do Laboratório de Estudos de Gênero e História (LEGH UFSC).

Janine Gomes da Silva, LEGH UFSC

Doutora em História pela Universidade Federal de Santa Catarina. Professora do Departamento de História e do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina. Integrante do Laboratório de Estudos de Gênero e História (LEGH UFSC).

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Publicado

2025-07-03