O que está dentro está fora

prisão e arte

Autores

  • Cleidi Albuquerque Universidade do Estado de Santa Catarina

Resumo

Este texto procura mostrar semelhanças entre a situação de dentro de uma prisão com o mundo de fora, dos cidadãos modernos. Parte do conceito de complexidade de Morin (2002) e procura demonstrar esta relação através de expressões artísticas do século XX. A pesquisa de campo foi realizada em 2002 na prisão feminina de Santa Catarina em Florianópolis. No discurso das prisioneiras e na interação elas, Goffman possibilitou entender a prisão como local de desculturação. O sonho dos prisioneiros é a liberdade, a reconquista de seus ideais. A arte moderna e contemporânea expressa estes mesmos desejos. Foram escolhidos os pintores americanos Edward Hopper e JeanMichel Basquiat e o escritor francês Jean Genet como exemplos da busca de integração pessoal e social que tanto estão na prisão como na sociedade. Foram apresentadas obras muitas vezes distantes do Belo consagrado socialmente tratando esteticamente questões éticas impostas pela da modernidade pragmática, injusta, racionalista. Assim a ânsia por liberdade de quem está dentro das prisões é semelhante a dos de fora: a possível liberdade da sociedade moderna é vazia, triste, ociosa

Downloads

Publicado

2023-10-03

Como Citar

ALBUQUERQUE, . O que está dentro está fora: prisão e arte. Cadernos NAUI, [S. l.], v. 1, n. 1, p. 15–59, 2023. Disponível em: https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/naui/article/view/6266. Acesso em: 14 mar. 2025.

Edição

Seção

Artigos Livres