Aquilo que fica, aquilo que atravessa
Résumé
O díptico da fotoperformance Aquilo que fica, aquilo que atravessa (2025) desdobra-se de uma pesquisa artístico-conceitual sobre arquivo e memória. A obra propõe uma reflexão sobre os modos de reinscrever a presença no tempo, articulando vestígios afetivos e materiais da história familiar do artista. O vidro de um relógio com o nome da bisavó gravado, a tesoura com que o bisavô lhe cortava o cabelo e as fotografias 3x4 de ambos são convocados como dispositivos poéticos, onde o gesto artístico opera uma arqueologia do íntimo. Esses fragmentos, transpostos ao “livro da vida” por meio de uma carta do artista em uma fita de cetim, instauram uma escrita performativa que entrelaça corpo, memória e imagem, uma tentativa de fazer do arquivo um espaço de travessia, onde o passado continua a pulsar no presente.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), sempre com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.