Aquilo que fica, aquilo que atravessa

Autor/innen

Abstract

O díptico da fotoperformance Aquilo que fica, aquilo que atravessa (2025) desdobra-se de uma pesquisa artístico-conceitual sobre arquivo e memória. A obra propõe uma reflexão sobre os modos de reinscrever a presença no tempo, articulando vestígios afetivos e materiais da história familiar do artista. O vidro de um relógio com o nome da bisavó gravado, a tesoura com que o bisavô lhe cortava o cabelo e as fotografias 3x4 de ambos são convocados como dispositivos poéticos, onde o gesto artístico opera uma arqueologia do íntimo. Esses fragmentos, transpostos ao “livro da vida” por meio de uma carta do artista em uma fita de cetim, instauram uma escrita performativa que entrelaça corpo, memória e imagem, uma tentativa de fazer do arquivo um espaço de travessia, onde o passado continua a pulsar no presente.

Autor/innen-Biografie

  • Douglas Gomes Silva, Universidade Federal do Espírito Santo - Laboratório de Extensão e Pesquisa em Artes (LEENA UFES)

    Mestre em Artes (2021), na área de concentração de Teoria e História da Arte e na linha de pesquisa Nexos entre Artes, Espaço e Pensamento, pelo PPGA UFES. Especialista em Práticas Pedagógicas para Professores (2020); e Bacharel em Arquitetura e Urbanismo (2018),  ambos pelo IFES - Campus Colatina. Atua como pesquisador do Laboratório de Extensão e Pesquisa em Artes da Universidade Federal do Espírito Santo (LEENA UFES) e como Produtor Cultural no Ponto de Cultura BAUN. É autor do livro "Arquiteturas em silêncio: um século de agora" (2024). É artista visual e desenvolve projetos autorais que exploram questões diversas relacionadas à urbe.

Veröffentlicht

2025-12-02

Ausgabe

Rubrik

Ensaios Fotográficos e imagens