Filosofias para além do excepcionalismo humano: ecologias nas costuras entre mundos

Autores

Palavras-chave:

Antropoceno, Antropocentrismo, Ecologia.

Resumo

O Antropoceno é fomentado pelas consequências de um ideal de humanidade superior e separado do que se entende por natureza, cuja elaboração conceitual recebeu contribuições de filósofos renomados. Neste contexto, este artigo busca por meio das filosofias não hegemônicas que foram silenciadas pela colonialidade, repensar a forma como entendemos a humanidade e a natureza, dialogando com ecologias para além do excepcionalismo humano e do discurso do desenvolvimento sustentável. Dessa forma, pretendemos evocar um viés ecológico e não antropocêntrico da filosofia que rompa com o dualismo humanidade/natureza e que esteja mais conectado com a maneira como a vida acontece no planeta que vivemos. 

Biografia do Autor

Amanda Veloso Garcia, IFRJ/Pinheiral

Possui Licenciatura (2012), Bacharelado (2014) e Mestrado (2016) em Filosofia e Doutorado (2021) em Educação pela UNESP/Marília. É professora de Filosofia do Instituto Federal do Rio de Janeiro (campus Pinheiral).

Referências

COSTA, Alexandre Araújo. (2014). Sobre Crise Ecológica, Violência e Capitalismo no Século XXI. Os mil nomes de Gaia. Rio de janeiro. Disponível em: <https://osmilnomesdegaia.files.wordpress.com/2014/11/alexandre-costa.pdf>. Acesso em 18 de novembro de 2020.

DANOWSKI, Débora & VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Há mundo por vir? Ensaio sobre os medos e os fins. Florianópolis: Cultura e Barbárie/Instituto Socioambiental, 2014.

DESCOLA, Philippe. A selvageria culta. In: NOVAES, Adauto (Org.). A outra margem do ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 1999. p. 107-123.

FAUSTO, Juliana. (2014). Os desaparecidos do Antropoceno. Os mil nomes de Gaia. Rio de janeiro. Disponível em: < https://osmilnomesdegaia.files.wordpress.com/2014/11/juliana-fausto1.pdf>. Acesso em 18 de novembro de 2020.

GIBSON, James Jerome. Ecological Approach to Visual Perception. Hillsdate: Lawrence Erlbaum Associates Publishers, 1979.

GONZALEZ, Maria Eunice Quilici; MORONI, Juliana. Visões de mundo: uma reflexão a partir da perspectiva da Filosofia Ecológica. In: SIMONETTI, M. C. L. (Org.). A (in)sustentabilidade do desenvolvimento: meio ambiente, agronegócio e movimentos sociais. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011. p. 25-37.

IMBASSAHY, Arthur. A arte de segurar o Céu pela diferença: contra o ódio a indígenas e meio ambiente, narrativas nos estimulam a alianças. Suplemente Pernambuco n. 162, Agosto 2019, p. 12-15.

KOPENAWA, Davi & ALBERT, Bruce. A queda do céu: palavras de um xamã Yanomami. Tradução de Beatriz Perrone-Moisés. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das letras, 2019.

LEFF, Enrique. Ecologia, capital e cultura: a territorialização da racionalidade ambiental. Petrópolis: Editora Vozes, 2009.

MARGULIS, Lynn; SAGAN, Dorian. O que é a vida? Rio de Janeiro: Jorge Zahar ed., 2002.

NODARI, Alexandre. (2014). Limitar o limite: modos de subsistência. Os mil nomes de Gaia. Rio de janeiro. Disponível em: <https://osmilnomesdegaia.files.wordpress.com/2014/11/alexandre-nodari.pdf>. Acesso em 18 de novembro de 2020.

OYĚWÙMÍ, Oyèrónkẹ́. The invention of women: making an African sense of western gender discourses. Minneapolis: University of Minnesota Press, 1997.

SANTOS, Antônio Bispo dos. Colonização, Quilombos: modos e significados. Brasília: INCTI/UnB, 2015.

STENGERS, Isabelle. No tempo das catástrofes: resistir à barbárie que se aproxima. São Paulo: Cosac Naify, 2015.

TADDEI, Renzo. (2014). Alter geoengenharia. Os mil nomes de Gaia. Rio de janeiro. Disponível em: <http://osmilnomesdegaia.files.wordpress.com/2014/11/renzo-taddei-altergeoengenharia.pdf>. Acesso em 18 de novembro de 2020.

TSING, Anna Lowenhaupt. Viver nas ruínas: paisagens multiespécies no antropoceno. Brasília: IEB Mil Folhas, 2019.

VALENTIM, Marco Antonio. (2014). A sobrenatureza da catástrofe. Os mil nomes de Gaia. Rio de janeiro. Disponível em: <https://osmilnomesdegaia.files.wordpress.com/2014/11/marco-antonio-valentim.pdf>. Acesso em 18 de novembro de 2020.

VALENTIM, Marco Antônio. Extramundanidade e sobrenatureza: Ensaios de ontologia infundamental. Desterro [Florianópolis]: Cultura e Barbárie, 2018a.

VALENTIM, Marco Antonio. Fascismo, a política oficial do Antropoceno. Entrevista especial com Marco Antonio Valentim. [Entrevista concedida a] Ricardo Machado. IHU – Revista do Instituto Humanitas Unisinos. 31 de out, 2018b. Disponível em: <http://www.ihu.unisinos.br/159-noticias/entrevistas/584155-fascismo-a-politica-oficial-do-antropoceno-entrevista-especial-com-marco-antonio-valentim>. Acesso em 05 de abril de 2020.

VALENTIM, Marco Antonio. Professor de Filosofia lança livro em que compara conceito de “'mundo”' para ocidentais e ameríndios. [Entrevista concedida a] Camille Bropp. Carta Maior. 05 de set, 2018c. Disponível em: <https://www.cartamaior.com.br/?%2FEditoria%2FLeituras%2FProfessor-de-Filosofia-lanca-livro-em-que-compara-conceito-de-u21Cmundo-u21D-para-ocidentais-e-amerindios%2F58%2F41641&fbclid=IwAR3sQxxmNmp9zLv8GVSkj1aXSEh4fpaGPm0oyWPn2gUix_5tQmUc8_Mb4ns>. Acesso em 05 de abril de 2020.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. A inconstância da alma selvagem e outros ensaios de antropologia. São Paulo: Cosac Naify, 2002.

Downloads

Arquivos adicionais

Publicado

2022-01-19