O choque do insuspeitado: Heidegger e a verdade da obra de arte

Autores/as

  • Sabrina Ruggeri PUCRS

Palabras clave:

Martin Heidegger, Filosofia da Arte, Estética, Verdade.

Resumen

Este trabalho pretende esclarecer a noção de verdade apresentada no clássico ensaio heideggeriano A origem da obra de arte a partir da especificidade de seu caráter em relação ao âmbito do ordinário. Para Heidegger, a verdade da obra de arte acontece como o “choque do insuspeitado”, ela deve romper com as relações humanas habituais e abrir assim um espaço de extraordinária transcendência. Para esse intuito, iremos acompanhar a filosofia heideggeriana a partir do projeto de destruição [Destruktion] da Estética, passando pelo desdobramento do conceito de verdade desde a sua apresentação como desvelamento em Ser e Tempo, até a sua revisão com o conceito de “terra”. Este caráter de choque, constitutivo do ser-obra e do modo de acontecimento de sua verdade, deve empreender um afastamento em relação ao cotidiano que possibilita ao mesmo tempo uma transformação no nível da existência.

Biografía del autor/a

Sabrina Ruggeri, PUCRS

Mestranda em Filosofia na PUCRS, bolsista CNPq, editora-adjunta da revista Intuitio.

Citas

CAVELL, S. In quest of the ordinary: lines of skepticism and romanticism. Chicago: University of Chicago Press, 1988.

GADAMER, H-G. Para introdução. In: MOOSBURGER, L. B. “A origem da obra de arte” de Martin Heidegger: tradução, comentário e notas. Curitiba: UFPR, 2007. 149 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Programa de Pós-Gradução em Filosofia, Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2007, p. 66-79.

HAAR, M. A obra de arte: ensaio sobre a ontologia das obras. Tradução de Maria Helena Kühner. Rio de Janeiro: DIFEL, 2000.

HEIDEGGER, M. A origem da obra de arte. In: MOOSBURGER, L. B. “A origem da obra de arte” de Martin Heidegger: tradução, comentário e notas. Curitiba: UFPR, 2007. 149 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Programa de Pós-Gradução em Filosofia, Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2007, p. 2-80.

____Ensaios e conferências. Trad. Emmanuel Carneiro Leão, Gilvan Fogel, Márcia Sá Cavalcante Schuback. 6. ed. Petrópolis: Vozes, 2010.

____Ser e Tempo. Tradução Fausto Castilho. Campinas, SP: Editora da Unicamp; Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2012.

KANT, E. Crítica da faculdade do juízo. Trad. Valério Rohden e Antonio Marques. 2ª ed., Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995.

MOOSBURGER, L. B. A obra de arte como essencialização da verdade: mundo, terra e o não-encobrimento. In: MOOSBURGER, L. B. “A origem da obra de arte” de Martin Heidegger: tradução, comentário e notas. Curitiba: UFPR, 2007. 149 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Programa de Pós-Gradução em Filosofia, Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2007, p. 81-147.

NUNES, B. Hermenêutica e poesia: o pensamento poético. Maria José Campos (Org.). Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1999.

VATTIMO, G. Aesthetics and the end of epistemology. In: DREYFUS, H.; WRATHALL, M. Heidegger reexamined: art, poetry, and technology. Vol. 3. New York: Routledge, 2002.

Publicado

2015-12-14

Número

Sección

Artigos