Laroyê, Exu! A Pedra foi lançada:
uma reflexão sobre o bolsonarismo fascista
Keywords:
Bolsonarismo, fascismo, democracia, filosofia africana, ExuAbstract
The article's premise is Philosophy as a weapon of social transformation. Its analytical proposal is based on African Philosophy, anchored in the Orixá of the movement, laroyê, Exu! Thus, the analytical work seeks to identify its fascist and authoritarian roots in the characteristics of Bolsonarism. It outlines a reflection on the current Brazilian democratic political order. In the end, it presents an analysis anchored in the epistemology of the crossroads, pointing to a possibility of remaking the social world through political emancipation.
References
ALTHUSSER, Louis. Análise crítica da teoria marxista. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1967.
_______.A transformação da filosofia seguido de Marx e Lénine perante Hegel. Lisboa: Editorial Estampa, 1981.
_______.La filosofía como arma de la revolucion. 20 Ed. Buenos Aires: Siclo XXI Editores, 2011.
BARBOSA, Laíse M.; MACHADO, Daiani M.; MIRANDA, João I. R. Contribuições para o debate sobre o bolsonarismo enquanto movimento político totalitário. UEPG Appl. Soc. Sci., 29, p. 1-14, 2021.
BOBBIO, Norberto. Dicionário de política. Brasília: Universidade de Brasília, 1998.
BOBBIO, Norberto. Esquerda e Direita: razões e significados de uma distinção política. São Paulo: Unesp, 2011.
BOITO JR., Armando. Por que caracterizar o bolsonarismo como neofascismo. Revista Crítica Marxista, n. 50, p. 111-119, 2020.
_______. O caminho brasileiro para o fascismo. Caderno CRH, v. 34, p. 1-23, 2021.
DIOP, Cheikh A. Origem dos antigos egípcios. In: MOKHTAR, Gamal (ed.). História geral da África II: África antiga. Brasília: UNESCO, 2013.
FALOLA, Toyin. O poder das culturas africanas. Petrópolis: Vozes, 2020 (Coleção África e os Africanos).
JÚNIOR, João R. S.; FARGONI, Everton H. E. Bolsonarismo: a Necropolítica brasileira como pacto entre fascistas e neoliberais. Revista Eletrônica de Educação, v. 14, p. 1-26, jan./dez., 2020.
LOPES, Nei; SIMAS, Luiz A. Filosofias africanas: uma introdução. 6. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2022.
KONDER, Leandro. Introdução ao fascismo. São Paulo: Expressão Popular, 2009.
MBEMBE, Achille. Brutalismo. 2 ed. São Paulo: N-1, 2022.
_______. Políticas da inimizade. São Paulo: N-1, 2020.
_______. Sair da grande noite: ensaio sobre a África descolonizada. Petrópolis: Vozes, 2019.
_______. Crítica da razão negra. São Paulo: N-1, 2018.
MIGUEL, Luis F. A reemergência da direita brasileira. In: GALLEGO, Esther S. (org.). O ódio como política: a reinvenção das direitas no Brasil. São Paulo, Boitempo: 2018, p. 17-26.
MACHADO, Adilbênia F.; NOGUERA, Renato; NASCIMENTO, Wanderson F. Filosofias africanas. In: RIOS, Flávia; SANTOS, Marcio André dos; RATTS, Alex (org.). Dicionário das relações étnico-raciais contemporâneas. São Paulo: Perspectiva, 2023, p. 157-163.
_______. Democracia na periferia capitalista: impasses do Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2022.
OLIVEIRA, Francisco de. Privatização do público, destituição da fala e anulação da política: o totalitarismo neoliberal. In: OLIVEIRA, Francisco de; PAOLI, Maria C. (org.). Os sentidos da democracia: políticas do dissenso e hegemonia global. Petrópolis, Vozes, 2001, p. 55-81.
ORUKA, H. Odera. Quatro tendências da atual filosofia africana. Tradução de Sally Barcelos Melo. Four trends in current African philosophy. In: COETZEE, Peter H.; ROUX, Abraham P. J. (ed.). The African Philosophy Reader. New York: Routledge, 2002, p. 120-124. Disponível em: <https://filosofia-africana.weebly.com/textos-africanos.html>. Acesso em 25 abril 2024.
POULANTZAS, Nicos. Poder político e classes sociais. São Paulo: Martins Fontes, 1977.
RAMOSE, M. B. Sobre a legitimidade e o estudo da filosofia africana. In: ______. Ensaios Filosóficos, v. 4, Tradução de Dirce E. Nigro, Solis R. M. Lopes e Roberta R. Cassiano, 2011, p. 6-23.
RAMOS, Danielle C. A.; NETO, Manuel J. G. S. “Exu matou um pássaro ontem com uma pedra que só jogou hoje”: caminhos para uma educação antirracista no Distrito Federal. Revista Calundu, v. 5, n. 2, p. 65-77, 2021.
RANCIÈRE, Jacques. O desentendimento: política e filosofia. São Paulo: Ed. 34, 1996.
_______. O ódio à democracia. São Paulo: Boitempo, 2014.
REICH, Wilhelm. Psicologia de massas do fascismo. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1978.
ROCHA, Aline M. Exu: o “filósofo” da comunicação. Das Questões, n. 4, n.1, p. 1-7, 2016.
RUFINO, Luiz. Pedagogia das encruzilhadas. Rio de Janeiro: Mórula Editorial, 2019.
SAES, Decio. Democracia. São Paulo: Ática, 1987.
_______. Estado e Democracia: ensaios teóricos. Campinas: UNICAMP, 1998.
SILVA, Vagner G. Exu: o guardião da casa do futuro. Rio de Janeiro: Pallas, 2015 (Coleção Orixás).
SIMAS, Luiz A.; RUFINO, Luiz. A ciência encantada das macumbas. Rio de Janeiro: Mórula Editorial, 2018.
SOMET, Yoporeka. A África e a filosofia. Revista Sísifo, v. 1, n. 4, 2016. Disponível em: . Acesso em 25 abril 2024.
SOUSA, Kátia M.; OLIVEIRA, Rafael C. Fascismo e bolsonarismo: relações teóricas e discursivas entre as duas práticas. Heterotópica, v. 2, n. 2, p. 115-140, 2020.
TOWA, Marcien. A ideia de uma filosofia negro-africana. Belo Horizonte: Nandyala, 2015.
URZÊDA-FREITAS, Marco Túlio de; VIEIRA, Letícia L. Bolsonarismo como linguagem da destruição: uma conversa sobre o mal-estar civilizatório no Brasil recente. Cadernos do CEAS, v. 47, n. 256, p. 318-345, 2022.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2024 Joyce Cardoso Olímpio Ikeda, José Edvaldo Pereira Sales
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).