Quem cala, morre contigo

novos e recorrentes significados sociais na canção Menino de Milton Nascimento e Ronaldo Bastos

Authors

  • Vinícius José Fecchio Gueraldo Universidade de São Paulo (USP)/Doutorando

Keywords:

Walter Benjamin, Milton Nascimento, Crítica Imanente, Estética e sociedade, João Casimiro

Abstract

If we think about nowadays political tensions, in which we live on the verge of a civil war, it's not difficult to find similarities with previous periods of repression; apparently, at least in Brazil, some events are re-staged many times, the first as a tragedy, the second as a catastrophe, the third as a disgrace, the fourth as a hecatomb etc. For these events not to fall into the "homogeneous and empty time", predominant in the "historicist" conception of the "winners", we have, as Benjamin said, to carry out the "secret encounters" between the present and the past: the works of art plays a vigorous role in this sense by elaborating the tensions of the world within themselves, in their own world, as Lukács would say. Therefore, the question that moves this work is to know what the current conjuncture incorporates or hides in the survival of the work Menino (Milton Nascimento and Ronaldo Bastos), and, in this sense, what it can teach us about our current time. The original version was released in 1976 on the LP Geraes. The point of comparison will be based on the re-recording of the same song, released in 2020 by João Casimiro, in a kind of video-performance that accounts with the dance of Aline Serzedello.

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Published

2023-12-29