Cruzar o muro para escutar

memórias e pertencimento no Quilombo Flores (Porto Alegre, RS)

Autores

  • Luz de Britto Dorneles Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Palavras-chave:

Quilombo, Quilombo Flores, memória, cidade

Resumo

Nessa pesquisa, os quilombolas Ana Paula Flores Vasconcelos (28 anos), João Batista da Costa Vasconcelos (52 anos), Geneci Lourdes Flores da Silva (43 anos) e Nara Maria de Mello Vasconcelos (59 anos) – do Quilombo Flores (Porto Alegre, RS) – expõem memórias de sua relação com o território. A família sofreu um ataque do Colégio Marista Assunção que, em 2014, construiu um estacionamento em uma área de usufruto da comunidade. A partir de um estudo acerca de quilombo, expansão urbana e memória, identifico categorias de pertencimento ao espaço habitado, zonas de conflito e elementos comuns à identidade quilombola.

Biografia do Autor

Luz de Britto Dorneles, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Hoje autodeclarade pessoa trans não-binária e gênero fluido, Luz Dorneles é jornalista formade pela UFRGS, poetisa, musicista, sonhador e defensora da vida e dos povos oprimidos pelo sistema capitalista.

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Publicado

2022-06-01

Como Citar

DORNELES, . de B. Cruzar o muro para escutar: memórias e pertencimento no Quilombo Flores (Porto Alegre, RS). Cadernos NAUI, [S. l.], v. 11, n. 20, p. 111–134, 2022. Disponível em: https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/naui/article/view/6615. Acesso em: 18 abr. 2025.

Edição

Seção

Dossiê Temático