A urgência do Princípio Responsabilidade em Hans Jonas

Autores

  • José Soares das Chagas Universidade Estadual do Ceará

Resumo

O escopo deste artigo é mostrar a necessidade no mundo hodierno de um novo princípio ético, que leve em consideração as conquistas do homem sobre a natureza. Segundo Hans Jonas, todos os sistemas morais da tradição conceberam o agir dentro dos limites da existência do agente, de maneira que a pergunta pelos efeitos para as gerações futuras não se constituía como dado importante a ser considerado. O motivo de tal postura era o fato da natureza e a humanidade serem consideradas como inalteráveis: o ser humano cuidaria apenas da convivência com os de sua espécie, enquanto o meio ambiente cuidaria de si mesmo, indiferente e inabalável perante o que lhe faziam. Com o avanço da técnica, o poder transformador e criador ganhou proporções nunca antes imaginada, ao ponto de não poder mais se pensar a natureza como infensa à atuação do homem sobre ela. Na verdade, este próprio, que sempre teve o ingênio tecnológico como instrumento seu, passou a ser objeto da sua criação, pondo-a como fim e não mais como meio. Por este motivo, a ação humana alarga-se em seu campo de atuação, uma vez que possui hoje a força de eliminar ecossistemas e até mesmo a vida humana sobre a terra. Para este novo continente do agir, faz-se mister uma nova atitude ética diante do mundo, ao que Hans Jonas vai chamar princípio responsabilidade.

Biografia do Autor

José Soares das Chagas, Universidade Estadual do Ceará

Mestrando do Curso de mestrado em filosofia (Cmaf) da Universidade Estadual do Ceará - UECE; e boslsita da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento científico e Tecnológico - FUNCAP.

Downloads

Publicado

2010-10-17

Edição

Seção

Artigos