Reprodução social federiciana e o conceito marxista da "acumulação primitiva do capital”: uma expansão a partir da crítica feminista
Palavras-chave:
Mulheres. Acúmulo primitivo de capital. Trabalho produtivo. Trabalho reprodutivo.Resumo
O presente artigo tem como objetivo discutir se a proposta de Silvia Federici, sobre o conceito de “acúmulo primitivo de capital” e a separação entre produção versus reprodução, formulada no seu livro: “O Calibã e a bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva”, pode ser considerada uma reinterpretação do conceito, que havia sido formulado, por Karl Marx, no capítulo 24, intitulado de: “A assim chamada acumulação primitiva do capital”, no Livro 1, do “O capital”. Diante desse contexto, foi estabelecido o seguinte problema: “De que forma o debate de ‘produção versus reprodução’ federiciano pode ser considerado uma expansão do conceito de ‘acúmulo primitivo do capital’, teorizado por Karl Marx?”. Para responder esta pergunta, o texto foi dividido em três seções. A primeira visa discutir como Marx (2017) trabalha o conceito de “acúmulo primitivo do capital”. A segunda seção busca apresentar como a desvalorização da posição social das mulheres se deu com o advento do capitalismo. E, por fim, a última seção, objetiva analisar como Federici (2017) apresenta a separação entre produção e reprodução, a fim de compreender se a proposta da autora contribui para uma discussão mais acertada sobre o processo de “acúmulo primitivo do capital”. O procedimento de pesquisa utilizado foi pesquisa bibliográfica, a partir de uma leitura comparativa das proposições de Karl Marx (2017) e Silvia Federici (2017).
Referências
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