O poder do banco central do brasil em uma economia financeirizada
Uma análise institucionalista e foucaultiana
Resumo
Este artigo se propõe a entender a economia política por trás da ambivalência da política econômica que conseguiu conciliar redistribuição e ortodoxia no Brasil durante os governos liderados pelo Partido dos Trabalhadores - até que essa conciliação se mostrou insustentável. Este trabalho combina a macroeconomia institucional com uma sociologia do governo por meio dos instrumentos de política econômica. A primeira destaca como o objetivo da redistribuição se tornou insustentável porque a financeirização do processo de acumulação de capital foi apenas reduzida, mas não foi questionada e muito menos, superada. A segunda abordagem caracteriza um bloqueio cognitivo da possibilidade de um estado desenvolvimentista. Mostramos que esse bloqueio é o resultado da transformação gradual dos arranjos governamentais liberais, que deram ao banco central a nova função de estabelecer o que chamamos de uma coalizão instrumental que concede aos interesses financeiros o direito de veto. O banco central está, portanto, provando ser uma instituição crucial em um governo do povo, no sentido dado a esse conceito por Foucault.
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