O mercado de trabalho formal no Brasil e em Santa Catarina no segundo ano da pandemia da Covid-19

Resumo

O ano de 2020 foi marcado por perdas para atividade econômica. A Covid-19 foi fator determinante para desestabilizar a economia nacional, já fragilizada pela política do livre mercado. Além da desaceleração econômica e as reformas (como a trabalhista e previdenciária) que retiraram ou dificultaram o acesso à direitos trabalhistas, o coronavírus acelerou a precarização das relações trabalhistas. Isso fez com que o país chegasse em 2021 com um saldo negativo de quase 200 mil postos formais de trabalho e Santa Catarina, já em expansão, com um saldo de 36 mil. O objetivo desse artigo é analisar o mercado de trabalho formal no Brasil e, sobretudo em Santa Catarina durante o ano de 2021. Tentando também comparar as semelhanças e diferenças das vagas de emprego formal catarinense em relação ao nacional, para compreender se a maior formalização do emprego no estado se reflete em melhores salários dessas vagas ou se essa maior formalização garante somente um maior saldo de postos formais de trabalho. Para isso, foram utilizadas informações do Novo Caged e da RAIS, quando não possível estimar os estoques via Painel de Informações do Novo Caged ou os microdados do Novo Caged. Esses dados foram analisados a partir das seguintes variáveis: evolução mensal dos vínculos formais, grupamentos de atividade econômica, sexo, escolaridade, faixa de remuneração e melhores e piores saldos do estado durante o ano.