Competitividade das exportações australianas e brasileiras de minério de ferro para a China (1999-2014)

Autores

  • Alison Geovani Schwingel Franck
  • Daniel Arruda Coronel Universidade Federal de Santa Maria
  • Mugre Lopes da Silva Universidade Federal de Santa Maria
  • Rodrigo Abbade da Silva

Palavras-chave:

Exportações, Minério de ferro, China, Indicadores de Competitividade

Resumo

O objetivo deste trabalho é analisar a competitividade do mercado exportador australiano e brasileiro de minério de ferro para a China, através de indicadores de comércio internacional como o Coeficiente de Dependência das Importações (CDI) e o Índice de Orientação Regional (IOR). Para isso, foram utilizados dados da United Nations Commodity Trade Statistics Database - UNCOMTRADE, para o período de 1999 a 2014. O Índice de Orientação Regional (IOR) aponta que as exportações australianas são mais orientadas à China do que as exportações brasileiras. Além disso, as importações chinesas de minério de ferro apresentam maior dependência do mercado australiano do que do mercado brasileiro. A forte relação entre China e Austrália neste comércio pode estar relacionada à proximidade geográfica, bem como ao nível de agregação de valor à commodity pelas exportações australianas.

Biografia do Autor

Alison Geovani Schwingel Franck

Graduando de Ciências Contábeis da UFSM e bolsista de iniciação científica do CNPq

Daniel Arruda Coronel, Universidade Federal de Santa Maria

Professor Adjunto do Departamento de Ciências Administrativas e dos Programas de Pós-Graduação em Administração e em Gestão de Organizações Públicas da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Mugre Lopes da Silva, Universidade Federal de Santa Maria

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e bolsista de mestrado da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS)

Rodrigo Abbade da Silva

Mestrando do PPGA da UFSM e bolsista de mestrado da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (CAPES)

Referências

AZÚA, D. E. R. O neoprotecionismo e o comércio exterior. São Paulo: Aduaneiras, 1986.

BRUM, A. L.; HECK, C.R. Economia internacional: uma síntese da análise teórica. Ijuí: Unijuí, 2005.

CABRAL JUNIOR, M.; SUSLICK, S. B.; OBATA, O. R.; SINTONI, A. A mineração no Estado de São Paulo: situação atual, perspectivas e desafios para o aproveitamento dos recursos minerais. Geociências, v. 27, p. 171-192, 2008.

CARCANHOLO, M. D.; PINTO, E. C.; FILGUEIRAS, L.; GONCALVES, R. . Crise Financeira Internacional - natureza e impacto. In: WANSETTO, R.; QUINTELA, S.

(Org.). Ilegitimidade da Dívida Pública: quem deve a quem? Alternativas desde o Sul. 1 ed. São Paulo: Expressão Popular, 2008.

CARVALHO, P. S. L.; SILVA, M. M.; RAMALHO, M. A.; MOSZKOWICZ, R. J. Minério de ferro. BNDES Setorial, n. 39, p. 197-234, 2013.

CASTOR, B. V. J. Custo Brasil: muito além dos suspeitos habituais. Revista da FAE, Curitiba, v.2, n.2, mai./ago., 1999, p.1-6.

CAVES, R. E.; FRANKEL, J. A.; JONES, R. W. Economia Internacional: comércio e transações globais. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2001, p. 598.

COSTA, D.; ANDRADE, R. Os determinantes do custo Brasil. PET-Economia: Reunião de Conjuntura, Unb, 2011. Disponível em: <https://petecounb.files.wordpress.com/2011/10/custobrasil_beamer.pdf>. Acesso em: 21 jun.

CROSSETTI, P. D. A.; FERNANDES, P. D. Para onde vai à China? O impacto do crescimento chinês na siderurgia brasileira. BNDES Setorial, v. 22, p.151-204. 2005. Disponível em:

<https://web.bndes.gov.br/bib/jspui/bitstream/1408/2658/1/BS%2022%20Para%20onde%20vai%20a%20China_P.pdf>. Acesso em: 21 jun. 2015.

FERRARI FILHO, F. Economia Internacional. In: SOUZA, N. J. Introdução à Economia. São Paulo: Atlas, 1997.

FERREIRA, G. E. A competitividade da mineração de ferro no Brasil. Rio de Janeiro. Cetem/MCT, 2001.

FRANCO, P. C. A. M. Modelo Estrutural de Previsão de Preço e Volume de Negociação de Minério de Ferro. 2008. Dissertação (Mestrado em Economia) – Fundação Getúlio Vargas. Orientador: Pedro Cavalcanti Gomes Ferreira Disponível em: <http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/7835> Acesso em: 21 jun. 2015.

KEIJER, A. J. China: estratégias para um mercado emergente. Lisboa: Difusão Cultural do Livro, 1992.

KRUGMAN, P.; OBSTFELD, M. Economia Internacional. 6. ed. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2005, 558 p.

LOBEJÓN HERRERO. El Comercio Internacional. Madrid, AKAL, 2001.

LOPES, M. M.; SILVA, R. A.; CORONEL, D. A.; VIEIRA, K. M.; FREITAS, C. A. Análise da competitividade das exportações agrícolas brasileiras para a China: uma análise do complexo soja e fumo. Revista UNIABEU, v. 6, n. 13, p. 189-208, 2013.

MAIA, J. M. Economia internacional e comércio exterior. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2001. NONNENBERG, M. J. B. China: estabilidade e crescimento econômico. Revista de Economia Política, v. 30, n. 2 (118), p. 201-218, abr./jun. 2010.

PAIS, P. S. M.; GOMES, M. F. M.; CORONEL, D. A. Análise da competitividade das exportações brasileiras de minério de ferro, de 2000 a 2008. Revista Administração Mackenzie, São Paulo, v. 13, n. 4, ago. 2012.

PORTER, M. A vantagem competitiva das nações. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1993.

PRATES, D. M.; CUNHA, A. M. O Efeito-Contágio da Crise Financeira Global nos Países Emergentes. In: Encontro Nacional de Economia Política, 2009, São Paulo. Anais... São Paulo, PUC-SP, 2009.

RICARDO, D. Princípios de Economia Política e Tributação. São Paulo: Abril Cultural, 1982.

SALVATORE, D. Economia Internacional. 6. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos (LTC), 2000.

SILVA, L. A. P. Os novos contornos da economia global no pós-crise e suas implicações para a agenda de crescimento do Brasil. In: CCFB-CÂMARA DE COMÉRCIO FRANÇABRASIL, 2014, São Paulo. Palestra. São Paulo: 2014. p. 1 - 14. Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/pec/appron/apres/Palestra na CCFB-Câmara de Comercio FrancaBrasil em São Paulo.pdf>. Acesso em: 21 jun. 2015.

SMITH, A. A riqueza das nações: investigação sobre sua natureza e suas causas. São Paulo: Abril Cultural, 983, v. I.

THORSTENSEN, V.; CASTELAN, D. R.; RAMOS, D.; MÜLLER, C. Barreiras técnicas sanitárias e fitossanitárias. In: THORSTENSEN, V.; OLIVEIRA, I. T. M. (Orgs). Os BRICS na OMC: políticas comerciais comparadas de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Brasília: IPEA, 2012, p. 123-138.

DIAZ, J. S.; CAETANO, A. T.; TOGNATO, M. G.; BARROS, M. C. M.; ANDRADE, M. C.; SANCHEZ, M. R.; BRÍGIDO, R. S.; SUCHODOLSKI, S. G.; CRUZ, T. L. Antidumping e Salvaguardas. In: THORSTENSEN, V.; JANK, M. S. (Orgs). O Brasil e os grandes temas do Comércio Internacional. São Paulo: Lex Editora; Aduaneiras, 2005, p. 155-185.

UNITED NATIONS COMMODITY TRADE STATISTICS DATABASE- UNCOMTRADE. Express Selection. Disponível em: <http://comtrade.un.org/db/>. Acesso em: 15 mar. 2015.

WAQUIL, P. D.; ALVIM, A. M.; SILVA, L. X.; TRAPP, G. P. Vantagens comparativas reveladas e orientação regional das exportações agrícolas brasileiras para a União Europeia. Revista de Economia e Agronegócio, Viçosa, MG, v. 2, n.2, p. 137-160, 2004.

WORLD BANK. World DataBank. Disponível em:<http://databank.worldbank.org/data/views/reports/tableview.aspx?isshared=true>. Acesso em: 28 abr. 2015.

YEATS, A. Does Mercosur’s trade performance raice concerns about the effects of regional trade arrangements? Policy, Planning and Research: working paper n. 1729. Washington: Word Bank, fev. 1997.

Downloads

Publicado

2020-11-19