Análise da evolução do mercado formal de trabalho em Santa Catarina entre 2001 e 2016

Autores

Palavras-chave:

Emprego, Santa Catarina, Postos Formais de Trabalho

Resumo

Neste artigo analisa-se a evolução do emprego formal em Santa Catarina entre 2001 e 2016, com foco na dinâmica agregada dos postos formais de trabalho do estado. Após uma breve revisão de literatura, num primeiro momento são analisados os dados agregadamente e, posteriormente, seus comportamentos em termos de ramos de atividade, renda, jornada de trabalho, escolaridade e gênero. Visando compreender os possíveis impactos da atual crise econômica no mercado formal de trabalho catarinense, utilizaram-se dois períodos distintos de informações: o primeiro contempla os dados entre 2001 e 2014, enquanto o segundo analisa as informações entre 2014 e 2016, período fortemente influenciado pela crise econômica geral do país. A partir desses dados, notou-se o fim da expansão do emprego formal a partir de 2014, ano que marca uma forte inflexão dos postos formais de trabalho do estado. Com isso, intensificou-se a concentração do emprego formal nos setores de serviços e comércio da economia, ao passo que os setores da indústria de transformação e da construção civil apresentaram forte declínio. Esse movimento afetou o nível de renda dos trabalhadores, pois, frente ao período de retração econômica, o mercado formal de trabalho se ajustou reduzindo a participação das maiores faixas salariais e ampliando a das menores. No mesmo contexto, registrou-se a expansão da participação das jornadas de trabalho menos extensas no estado. No tocante à escolaridade, elevou-se a seletividade das contratações formais, posto que os trabalhadores com menores graus de escolaridade foram os principais afetados com a crise. Por fim, notou-se ainda que o cenário favorável à inserção da mulher no mercado de trabalho, que prevaleceu entre 2001 e 2014, também se reverteu a partir deste último ano

Biografia do Autor

Lauro Mattei, Universidade Federal de Santa Catarina

Professor do Curso de Economia e do Programa de Pós-Graduação em Administração, ambos da UFSC

Vicente Loeblein Heinen

Graduando de Economia na UFSC e bolsista do Necat/UFSC

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Publicado

2018-06-30