O conceito de necropolítica e a pandemia COVID-19: algumas notas sobre a realidade brasileira

Autores

  • Breno Augusto da Costa CEOPEE

Resumo

O objetivo deste artigo é defender a relevância e atualidade do pensamento do filósofo brasileiro Álvaro Vieira Pinto (1909-1987). Para tanto foi realizada uma conceituação de necropolítica com base em sua obra, bem como discutida a pandemia COVID-19 à luz dessas reflexões. Necropolítica é um regime cujo elemento central é a morte de alguns, promovida de diferentes formas, para o cumprimento de alguma finalidade social. Álvaro Vieira Pinto oferece um referencial para o entendimento e superação deste quadro nos países subdesenvolvidos. Sua produção traz várias contribuições de cunho decolonial e centra-se na ideia de libertação nacional através de um projeto de desenvolvimento nacional, isto é, de humanização das condições de existência daqueles que aqui vivem e concomitante à superação epistêmica do eurocentrismo. Ênfase foi dada nos aspectos éticos da necropolítica e na concepção de existência de Vieira Pinto, que propõe uma mirada outra para conceitos como situação-limite e ser para a morte, bem como uma discussão acerca das ações necropolíticas empreendidas pelo governo Jair Messias Bolsonaro. Concluímos enfatizando a necessidade de um projeto nacional de natureza libertadora e apontando Bolsonaro como o fantoche de uma necropolítica pauperista.

Palavras chave: Necropolítica, COVID-19, Álvaro Vieira Pinto, Pensamento Decolonial, Libertação Nacional.

Biografia do Autor

Breno Augusto da Costa, CEOPEE

Analista de Educação Básica no Centro de Orientação e Pesquisa em Educação Especial (CEOPEE). Bacharel em Psicologia pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Mestre em Educação Profissional e Tecnológica pelo Instituto Federal do Triângulo Mineiro. Estuda a obra de Álvaro Vieira Pinto, Enrique Dussel e o Pensamento Decolonial.

brenobac@gmail.com

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Publicado

2020-06-25

Edição

Seção

Artigos