O massacre de Eldorado dos Carajás: memória, história e psicopolítica no Sudeste Paraense
Resumen
O artigo analisa o Massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido em abril de 1996, e o subsequente monumento Eldorado Memória, projetado por Oscar Niemeyer, que foi erguido e destruído em Marabá, Pará. A pesquisa explora como esse monumento simbolizava as lutas dos trabalhadores rurais sem-terra e as conexões entre memória social, identidade regional e os traumas psicossociais e políticos associados ao massacre. A obra, mal-recebida por setores contrários à reforma agrária, sofreu depredações que simbolizam a tentativa de deslegitimar a memória dos trabalhadores mortos e o movimento sem-terra. O estudo também aborda o papel da mídia e das elites locais na tentativa de silenciar a violência estatal, inserindo a destruição do monumento no contexto de repressão política e territorial na Amazônia. Conclui que o trauma psicossocial resultante do massacre e a destruição do monumento exemplificam a necessidade de reparação histórica e psicopolítica, especialmente no sudeste do Pará, onde as marcas de opressão e violência continuam presentes nas disputas territoriais.
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