O Foro de São Paulo e a Política Externa do Partido dos Trabalhadores: convergências ou divergências nos governos Lula da Silva e Dilma Rousseff
Resumen
Este trabalho objetiva identificar possíveis convergências entre as propostas do Foro de São Paulo (FSP) e a política externa brasileira (PEB), entre os anos de 2003 e 2014, período no qual a Presidência da República foi exercida pelo Partido dos Trabalhadores (PT), por meio de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Dessa forma, faz-se necessário o estudo das linhas programáticas do FSP e da política externa brasileira do período em tela, de modo a entender suas possíveis interações. Fundado em 1990 pelo PT e composto por uma miríade de partidos tradicionalmente localizados mais à esquerda dos respectivos espectros políticos nacionais e que assumiram, pela via democrática, vários governos da América Latina, a partir do final da década de 1990, o FSP desenvolveu-se como ambiente de encontro das forças políticas latino-americanas e caribenhas, autodenominadas progressistas, que procura não só o debate e a análise do sistema internacional, como também a constituição de um projeto comum de inserção internacional. No caso do Brasil, o Governo de Lula (2003-2010) procurou desenvolver uma política externa altiva e ativa, por meio de reformas das instituições internacionais, do fortalecimento da presença brasileira em sua entorno regional e da procura por novos parceiros. Essas diretrizes, embora com outra ênfase, foram mantidas pelo primeiro governo de Dilma Rousseff (2011-2014). Costumeiramente ausente dos debates políticos domésticos, a política externa desenvolvida pelos dois governos tem recebido inúmeras críticas, principalmente, de burocratas, comumente associados à diplomacia de governos anteriores ao iniciado, em 2003.
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