“Um território que não tinha nome”: Os povos originários nos livros didáticos venezuelanos e brasileiros
Abstract
O presente artigo é o resultado de uma investigação comparativa de livros didáticos brasileiros e venezuelanos atualmente em circulação nesses países. O recorte temático investigado diz respeito a questão do indígena. Buscamos refletir sobre os contrastes e identidades a partir da investigação comparada, problematizando a construção das narrativas em torno das civilizações ameríndias e dos povos originários latino americanos. Procuramos nos atentar para as dimensões ideológicas do discurso dos materiais didáticos, entendendo-os como ferramentas que buscam não somente construir uma narrativa sobre o passado, mas também incidir na produção do sentido histórico no tempo presente e, consequentemente, no futuro. Nesse sentido, utilizamos dos pressupostos de Jorn Rusen a respeito das suas noções sobre consciência histórica, partindo do princípio de que construir uma narrativa significa balizar uma orientação prática no tempo.
Palavras-chave: Livros didáticos, Ensino de História, Povos Originários.
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