Zapatismo e seus símbolos (e tempos) entrecruzados:
Autorrepresentação e o sujeito zapatista
Resumo
O Exército Zapatista de Libertação Nacional veio a público em 1º de janeiro de 1994 quando um grupo de pessoas encapuzadas e armadas, na sua grande totalidade indígenas, ocupou sete municípios do estado de Chiapas, no sul do México. Ao longo do tempo deixou de ser uma guerrilha clássica para dar ênfase ao desenvolvimento da autonomia territorial e se conectar com diversos setores civis, nacionais e internacionais, para lutar “pela humanidade e contra o neoliberalismo”. O zapatismo entra em cena como um movimento e uma expressão teórica de um processo de recomposição do imaginário político de esquerda e revolucionário que denota a impulsão de algumas práticas e temas, mas que por sua vez não deixa de canalizar a emergência de elementos oriundos de saberes políticos e práticas sociais subalternizadas e invisibilizadas historicamente. Com o objetivo de promover uma maior compreensão sobre o fenômeno zapatista, a proposta deste texto é apresentar e debater alguns dos principais elementos simbólicos associados ao movimento. Para tanto, o ponto de partida é um texto do movimento intitulado “As Sete Mensagens Zapatistas”, elaborado para um contexto cerimonial e no qual aparecem símbolos que carregam significados importantes dentro do universo zapatista.
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