SAMUEL BECKETT E A ESTÉTICA DE UMA EXISTÊNCIA PARA MORTE.
Resumo
Buscamos no presente artigo, discutir a influência da filosofia existencialista na estrutura da narrativa beckettiana do pós-guerra. A partir da concepção de uma linguagem que fracassa diante da realidade absurda do mundo, Samuel Beckett fundamenta uma nova forma para o romance; e dessa relação de rompimento com a ordenação lógica da linguagem, estabelecemos um diálogo com a filosofia de Albert Camus e Martin Heidegger.
Referências
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