Por uma administração urbana efetivamente democrática: urgência do desmanche das amarras das relações sociais fundamentadas na colonialidade
Resumo
Partindo da hipótese segundo a qual a colonialidade persiste no tempo-espaço da sociedade brasileira, reverberando-se inclusive na administração urbana, o objetivo geral deste artigo reside na defesa da perspectiva de uma administração urbana efetivamente democrática, ou seja, voltada, concomitantemente, para os interesses dos povos oprimidos (originários e segmentos da classe trabalhadora). Para isto, colocamos como condição sine qua non o desmanche das amarras históricas das relações sociais fundamentadas na colonialidade do poder e das mentes. A metodologia utilizada fundamenta-se na abordagem do materialismo histórico dialético associada à da decolonialidade, pela própria abertura, flexibilidade e dinâmica dessas posturas complementares frente à realidade da cidade. A suplantação das perspectivas teórica e prática do “espaço vazio” a ser permanentemente preenchido com objetos espaciais visando à viabilização dos interesses do sistema capitalista colonial-moderno-racista constitui um ponto de partida para a conquista do territórios e das mentes decoloniais.
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