Cultura latino-americana e direitos humanos
Teologia da libertação como alternativa epistemológica
Resumo
A construção de uma cultura juspositivista dos direitos humanos no cenário latino-americano remonta aos processos de colonização, que tiveram como resultado o afastamento das populações vulneráveis em relação a essas garantias e, em consequência, a assimilação de perspectivas formalistas e pós-violatórias. Enquanto instituição regional, a teologia da libertação se posiciona na gramática social como movimento religioso, político e cultural, que objetiva conciliar espiritualidade e racionalidade, a fim de que a fé seja vivenciada como prática social transformadora. A proposta deste trabalho é analisar as possibilidades da teologia da liberdade enquanto alternativa epistemológica à crise cultural dos direitos humanos na América Latina, tendo como premissa a necessidade de libertação das populações marginalizadas em relação às amarras socioculturais que lhes prendem à visão positivista do direito. Recorremos à abordagem bibliográfica, tendo como pressupostos teóricos os autores que trabalham diretamente com as perspectivas críticas dos direitos humanos e as fundações da teologia regional. A teologia da libertação representa um importante instrumento hermenêutico para o vocabulário dos direitos humanos, uma vez que permite desenvolver um olhar sensível às populações marginalizadas e, consequentemente, preparar os sujeitos sociais ao combate das desigualdades abissais e das inefetividade práticas dos direitos humanos.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), sempre com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.