Crítica ao Novo Desenvolvimentismo
Resumo
A realidade latinoamericana foi e é condicionada por sua posição no mercado mundial. Com a chegada do capital-mercantil europeu às terras latinoamericanas, inicia-se um processo de cisão com todas as estruturas sociais do continente consolidadas até então e se formam as colônias de exploração. Com o desenvolvimento das forças produtivas no centro do sistema, começam os processos de independência política na América Latina. É neste momento que a região participará mais ativamente do processo de acumulação de capital na Europa. Consolida-se nesse período a Divisão Internacional do Trabalho (DIT). A DIT tem como base econômica uma relação hierarquizada entre as nações, onde os países industrializados apropriam-se de parte do excedente gerado nos países exportadores de alimentos e matérias-primas. A posição que cada país ocupa no mercado internacional determinará sua posição como país central ou país periférico. O Brasil encontra-se na periferia do sistema. Com a chegada do Partido dos Trabalhadores ao governo este cenário muda e o Brasil entra em um novo momento em sua história, esta é a tese defendida pelo Novo Desenvolvimentismo. Nesse artigo mostrarei como esta tese não se sustenta empiricamente e teoricamente e como o governo do Partido dos Trabalhadores não supera as contradições fundamentais da dependência econômica. A crítica deste trabalho é feita a tese de doutorado de Aloízio Mercadante.
Palavras-chaves: Dependência, Novo Desenvolvimentismo, Superexploração, Partido dos Trabalhadores.
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