DA ESCRITA À IMAGEM: A ADAPTAÇÃO CINEMATOGRÁFICA DE PARANOID PARK, DE BLAKE NELSON POR GUS VAN SANT. PORTLAND, SKATING E ADOLESCÊNCIA

Autores

  • Ana Barroso Universidade de Lisboa

Palavras-chave:

adaptação, obras contemporâneas, literatura,

Resumo

O cinema incorporou muito da linguagem da teoria literária para se impor e ser reconhecido como arte, e também, ab initio, inspirou-se em obras literárias para criar as suas imagens em movimento, cem anos volvidos não resolveram cabalmente todas as questões que assombram e expandem a adaptação de uma obra literária ao cinema. Pelo contrário, este continua a ser um terreno fértil para a reflexão e discussão nos meios artísticos e acadêmicos. Se a adaptação dos clássicos literários é sempre alvo de polémica, a adaptação de obras literárias mais populares e contemporâneas tem cedido espaço aos críticos e teóricos para se concentrarem nas infinitas possibilidades cinemáticas permitidas pela adaptação e não na comparação entre o livro original e o filme. Por tudo isto, o nosso texto pretende abordar algumas questões teóricas que têm sustentado a difícil arte da adaptação para se concentrar no processo criativo de Gus Van Sant, também ele permeado pela problemática da adaptação, mas um dos realizadores mais criativos e experimentais do nosso tempo

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