Boletim do Curso de Medicina da UFSC https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/medicina <p>Periódico de acesso livre, voltado à publicação de conteúdos (notícias e avisos) de interesse aos alunos e professores Curso de Graduação em Medicina da UFSC de Florianópolis, e à publicação de trabalhos científicos originais na área médica, com revisão por pares, produzidos pela comunidade acadêmica da Medicina da UFSC, tanto de Florianópolis quanto de seus outros campi (Araranguá, Curtibanos). Apesar desse enfoque principal, o periódico também aceita para publicações trabalhos científicos produzidos por estudantes de cursos de Medicina ou de outras áreas da saúde, da UFSC ou de outras instituições, de graduação ou de outros níveis de formação. Foi fundado em agosto de 2015 pelo Prof. Fabricio de Souza Neves, do Departamento de Clínica Médica (CLM/CCS/UFSC). </p> pt-BR Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:<br /><br /><ol type="a"><ol type="a"><li>Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="https://creativecommons.org/licenses/by/3.0/" target="_new">Licença Creative Commons Attribution</a> que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.</li></ol></ol><br /><ol type="a"><ol type="a"><li>Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.</li></ol></ol><br /><ol type="a"><li>Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja <a href="http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html" target="_new">O Efeito do Acesso Livre</a>).</li></ol> fabricio.souza.neves@ufsc.br (Fabricio de Souza Neves) fabricio.souza.neves@ufsc.br (Fabricio de Souza Neves) Wed, 06 Nov 2024 19:18:11 +0000 OJS 3.2.1.4 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 Litíase Renal: fatores de risco, aspectos morfofuncionais e sinais clínicos https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/medicina/article/view/7861 <p>A nefrolitíase é uma condição prevalente e debilitante que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, com incidência crescente em muitas populações, sendo mais frequente em homens do que em mulheres, na faixa etária de 20 a 49 anos. A litíase urinária tem reincidência de 50% em 5 anos, à proporção de 1,5 homens para cada mulher. O desenvolvimento da litíase do trato urinário é complexo e multifatorial. Os fatores epidemiológicos mais conhecidos são os climáticos, ocupacionais, dietéticos, étnicos e hereditários. O sistema urinário possui diversas funções, dentre elas destacam-se a filtração, reabsorção e excreção de água, íons e metabólitos. Anomalias na anatomia dos rins, como rins em ferradura, malformações congênitas, como estenose ureteral e malformações da junção pieloureteral e condições genéticas, como poliquistose renal, podem aumentar as chances de desenvolvimento de cálculo renal. Além disso, alterações na função renal que alterem a composição da urina, infecções recorrentes, e alterações fisiológicas, como hiperparatireoidismo, acidose tubular renal e intoxicação por vitamina D, também aumentam a chance de litíase renal. Há, ainda, mutações nos genes CLCN5, AGXT, GRHPR, SLC3A1 e SLC7A9, que podem levar a quadros de pior prognóstico no que tange a nefrolitíase. A formação do cálculo renal, pode ter uma origem a partir de diferentes químicos, que passam pelo processo de formação e crescimentos dos cristais. Fatores como pH e a concentração de determinados minerais na urina também influenciam na formação de cálculos. Os cálculos no rim causam uma resposta inflamatória local devido às microlesões no epitélio urinário, as quais provocam uma cascata de reações e a atuação de células de defesa. Desse modo, tal processo pode desencadear uma resposta autoimune devido aos auto antígenos liberados nos vasos sanguíneos e linfáticos. No que tange à influência de infecções, estas estão associadas à formação de cálculos de estruvita, nos quais se formam biofilmes bacterianos. Assim, diferentes tipos de cálculos causam danos distintos ao epitélio urinário, o que desencadeia processos inflamatórios variados. No contexto da clínica médica, há dois cenários em que a litíase renal se manifesta. No pronto-socorro, diante de suspeita de litíase renal, o médico deve confirmar o diagnóstico e o quadro do paciente. As principais manifestações são dor intensa no flanco, hematúria, náuseas e vômitos. Exames físicos, laboratoriais e de imagem são essenciais para a confirmação do diagnóstico. O tratamento inicial inclui analgesia e antiespasmódicos, evitando hiperidratação. Nos casos graves, pode ser necessário tratamento específico para remover os cálculos. No ambulatório, o foco é prevenir recorrências, investigar a causa dos cálculos e orientar o paciente a respeito de hábitos mais saudáveis.</p> <p><strong>Indexadores: </strong>litíase renal, nefrolitíase, trato urinário, hematúria, cálculos no rim, estruvita, dor lombar, processo inflamatório.</p> Naiara Boaretto, André Messias Grzeszezeszyn, Cássio Henrique Oliveira da Rosa, Guilherme Figueiredo Brito, José Luiz Sanches Pedrotti, Luis Filipe de Assis Freitas Caixeta, Nayare Claro Moreira, Rafael Ramos de Lima, Médico residente saúde da família UFMA Dr. Lucas da Silveira Leite Coelho Copyright (c) 2024 Naiara Boaretto, André Messias Grzeszezeszyn, Cássio Henrique Oliveira da Rosa, Guilherme Figueiredo Brito, Luis Filipe de Assis Freitas Caixeta, Nayare Claro Moreira, Rafael Ramos de Lima, Médico residente saúde da família UFMA Dr. Lucas da Silveira Leite Coelho https://creativecommons.org/licenses/by/3.0/ https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/medicina/article/view/7861 Wed, 06 Nov 2024 00:00:00 +0000 Avaliação da eficácia da adição de Ensifentrina ao tratamento com Tiotrópio em comparação com o uso exclusivo de Tiotrópio: https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/medicina/article/view/7758 <p><strong>Antecedentes: </strong><span style="font-weight: 400;">Há diversas terapias inalatórias disponíveis para o tratamento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). No entanto, muitos pacientes ainda sofrem com sintomas e limitações na função pulmonar. Isso destaca a necessidade de adicionar novas terapias complementares na tentativa de melhoria dos sintomas e da qualidade de vida destes pacientes.</span></p> <p><strong>Objetivos: </strong><span style="font-weight: 400;">Realizamos uma meta-análise para avaliar a eficácia da adição de Ensifentrina (ENS) ao tratamento com Tiotrópio (TIO) em comparação com o uso exclusivo de Tiotrópio em pacientes com DPOC.</span></p> <p><strong>Método: </strong><span style="font-weight: 400;">Nós pesquisamos no Pubmed, Embase e Cochrane por ensaios clínicos randomizados e controlados (ERCs). Posteriormente, identificamos os seguintes desfechos de interesse: Pico de VEF1 no dia 1, Área Sob a Curva (ASC) média do VEF1 (0-12h), Tratamento de Emergência relacionado a Eventos adversos (TEEA) e Qualquer Efeito adverso (EA). Também analisamos os seguintes subgrupos: Pico de VEF1 Alta dose (AD) (&gt;1,5mg), Pico de VEF1 Baixa dose (BD), ASC média de VF1 (0-12H) Baixa dose (≦1,5mg) e ASC Média do VEF1 (0-12H) Alta Dose. </span><span style="font-weight: 400;">A análise estatística foi realizada usando </span><span style="font-weight: 400;">RevMan 5.4.1. </span><span style="font-weight: 400;">A heterogeneidade foi avaliada com estatística </span><span style="font-weight: 400;">I2.</span></p> <p><strong>Resultados: </strong><span style="font-weight: 400;">Identificamos 3 RCTs com um total de 528 pacientes incluídos. Houve diferença para os resultados individuais de Pico de VEF1 no dia 1 (Diferença Média (MD) 97.15 ml; 95% IC [59.65, 134.66]; p &lt; 0.00001; I2=0%) e média de VEF1 ASC (0-12H) (Media de Desvio Padrāo (SMD) 0.24; 95% IC [0.03, 0.45]; p = 0.03; I2=0%) foram estaticamente elevados </span><span style="font-weight: 400;">em pacientes tratados com ENS+TIO em comparação com Placebo (PBO) + Tiotrópio</span><span style="font-weight: 400;">. Em relação ao pico de VEF1 no dia 1 o subgrupo Dose Alta observou-se resultado clinicamente significativo (SD 106.10 ml; 95% IC [38.43, 173.78]; p= 0.002; I2=27%). Além disso, analisamos quaisquer eventos adversos graves emergentes do tratamento e qualquer Efeito Adverso, em que nāo houve diferença significativa para o número destes eventos, comparando </span><span style="font-weight: 400;">ENS+TIO </span><span style="font-weight: 400;">à terapia convencional com Tiotrópio.</span></p> <p><strong>Conclusão: </strong><span style="font-weight: 400;">Os resultados desta meta-análise sugerem que o uso de </span><span style="font-weight: 400;">ENS+TIO </span><span style="font-weight: 400;">promove broncodilatação adicional significativa em pacientes com DPOC e apresenta bom perfil de segurança. Esses achados indicam que ENS+TIO podem ser considerados no tratamento de pacientes com DPOC.</span></p> <p><strong>Palavras-chave: </strong><span style="font-weight: 400;">Ensifentrina 1; Meta-análise 2; Tratamento 3; DPOC 4.</span></p> <div id="accel-snackbar" style="left: 50%; transform: translate(-50%, 0px); top: 50px;">&nbsp;</div> Santos, B.E , Fernanda de Oliveira Ramos; Julia Hafermann Romão, Geraldo Lucas Lopes Costa, Guido Tasca Petroski; Pedro Henrique Siedschlag Schmidt:, Mariangela Pimentel Pincelli Copyright (c) 2024 Santos, B.E , Fernanda de Oliveira Ramos; Julia Hafermann Romão, Geraldo Lucas Lopes Costa, Guido Tasca Petroski; Pedro Henrique Siedschlag Schmidt:, Mariangela Pimentel Pincelli https://creativecommons.org/licenses/by/3.0/ https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/medicina/article/view/7758 Wed, 06 Nov 2024 00:00:00 +0000 Novembro 2024 https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/medicina/article/view/8011 <p><strong>ÍNDICE</strong></p> <p><strong>Artigos originais</strong></p> <p><strong>Preditores da escolha da especialidade por egressos do curso de medicina da Universidade Federal de Santa Catarina: estudo transversal...................................28</strong></p> <p><strong> </strong></p> <p><strong> </strong></p> <p><strong>Artigos de revisão</strong></p> <p><strong>Avaliação da eficácia da adição de ensifentrina ao tratamento com tiotrópio em comparação com o uso exclusivo de tiotrópio:</strong></p> <p><strong>uma revisão sistemática e meta-análise....................................................37</strong></p> <p><strong> </strong></p> <p><strong>Litíase Renal: fatores de risco, aspectos morfofuncionais e sinais clínicos.........44</strong></p> Fabricio Souza Neves Copyright (c) 2024 Fabricio Souza Neves https://creativecommons.org/licenses/by/3.0/ https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/medicina/article/view/8011 Wed, 06 Nov 2024 00:00:00 +0000 Preditores da escolha da especialidade por egressos do curso de medicina da Universidade Federal de Santa Catarina: estudo transversal https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/medicina/article/view/7833 <p>Justificativa. Vários fatores influenciam a escolha de especialidade entre estudantes de medicina. Objetivos: Identificar os principais preditores de escolha de especialidade entre os graduados. Métodos. Uma pesquisa de 33 itens foi aplicada a uma amostra estratificada de graduados em medicina de 2000 a 2021. A pesquisa avaliou fatores que influenciam a escolha da especialidade e os níveis de satisfação, engajamento e realização. A regressão logística multinomial foi utilizada para determinar os preditores da escolha de especialidades cirúrgicas ou de apoio em detrimento das clínicas. Resultados. Dados de 335 participantes revelaram que a preferência por problemas cirúrgicos (OR = 7,6; p &lt; 0,001), sexo masculino (OR = 2,77; p = 0,04), altas expectativas de renda (OR = 2,28; p = 0,01) e cuidados secundários (OR = 1,78; p = 0,01) favoreciam as especialidades cirúrgicas em relação às clínicas. A conformidade da residência com as normas nacionais (OR = 0,63; p = 0,03), a preferência por prática solo (OR = 0,61; p = 0,01), equilíbrio entre vida profissional e pessoal (OR = 0,59; p &lt; 0,001), cuidados terciários (OR = 0,54; p = 0,01) e a preferência por problemas clínicos (OR = 0,39; p &lt; 0,001) favoreceram as especialidades clínicas em relação às cirúrgicas. O sexo masculino (OR = 3,26; p = 0,01) e a preferência por problemas cirúrgicos (OR = 2,69; p &lt; 0,001) aumentaram a probabilidade de escolha de especialidades de apoio em relação às clínicas. Conclusões. Os principais preditores de escolha de especialidade incluem gênero, tipo de problema, expectativas de renda, equilíbrio entre vida profissional e pessoal, conformidade com as normas de residência e tipo de cuidado dentro do sistema de saúde.</p> Getúlio Rodrigues de Oliveira Filho, Daniel Schimitt Copyright (c) 2024 Getúlio Rodrigues de Oliveira Filho, Daniel Schimitt https://creativecommons.org/licenses/by/3.0/ https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/medicina/article/view/7833 Wed, 06 Nov 2024 00:00:00 +0000