Litíase Renal: fatores de risco, aspectos morfofuncionais e sinais clínicos

Litíase Renal: fatores de risco, aspectos morfofuncionais e sinais clínicos

Autores

  • Naiara Boaretto Universidade Federal de Santa Catarina
  • André Messias Grzeszezeszyn Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
  • Cássio Henrique Oliveira da Rosa Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
  • Guilherme Figueiredo Brito Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
  • José Luiz Sanches Pedrotti Universidade Federal de Santa Catarina
  • Luis Filipe de Assis Freitas Caixeta Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
  • Nayare Claro Moreira Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
  • Rafael Ramos de Lima Universidade Federal de Santa Catarina
  • Médico residente saúde da família UFMA Dr. Lucas da Silveira Leite Coelho Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

DOI:

https://doi.org/10.32963/bcmufsc.v10i3.7861

Resumo

A nefrolitíase é uma condição prevalente e debilitante que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, com incidência crescente em muitas populações, sendo mais frequente em homens do que em mulheres, na faixa etária de 20 a 49 anos. A litíase urinária tem reincidência de 50% em 5 anos, à proporção de 1,5 homens para cada mulher. O desenvolvimento da litíase do trato urinário é complexo e multifatorial. Os fatores epidemiológicos mais conhecidos são os climáticos, ocupacionais, dietéticos, étnicos e hereditários. O sistema urinário possui diversas funções, dentre elas destacam-se a filtração, reabsorção e excreção de água, íons e metabólitos. Anomalias na anatomia dos rins, como rins em ferradura, malformações congênitas, como estenose ureteral e malformações da junção pieloureteral e condições genéticas, como poliquistose renal, podem aumentar as chances de desenvolvimento de cálculo renal. Além disso, alterações na função renal que alterem a composição da urina, infecções recorrentes, e alterações fisiológicas, como hiperparatireoidismo, acidose tubular renal e intoxicação por vitamina D, também aumentam a chance de litíase renal. Há, ainda, mutações nos genes CLCN5, AGXT, GRHPR, SLC3A1 e SLC7A9, que podem levar a quadros de pior prognóstico no que tange a nefrolitíase. A formação do cálculo renal, pode ter uma origem a partir de diferentes químicos, que passam pelo processo de formação e crescimentos dos cristais. Fatores como pH e a concentração de determinados minerais na urina também influenciam na formação de cálculos. Os cálculos no rim causam uma resposta inflamatória local devido às microlesões no epitélio urinário, as quais provocam uma cascata de reações e a atuação de células de defesa. Desse modo, tal processo pode desencadear uma resposta autoimune devido aos auto antígenos liberados nos vasos sanguíneos e linfáticos. No que tange à influência de infecções, estas estão associadas à formação de cálculos de estruvita, nos quais se formam biofilmes bacterianos. Assim, diferentes tipos de cálculos causam danos distintos ao epitélio urinário, o que desencadeia processos inflamatórios variados. No contexto da clínica médica, há dois cenários em que a litíase renal se manifesta. No pronto-socorro, diante de suspeita de litíase renal, o médico deve confirmar o diagnóstico e o quadro do paciente. As principais manifestações são dor intensa no flanco, hematúria, náuseas e vômitos. Exames físicos, laboratoriais e de imagem são essenciais para a confirmação do diagnóstico. O tratamento inicial inclui analgesia e antiespasmódicos, evitando hiperidratação. Nos casos graves, pode ser necessário tratamento específico para remover os cálculos. No ambulatório, o foco é prevenir recorrências, investigar a causa dos cálculos e orientar o paciente a respeito de hábitos mais saudáveis.

Indexadores: litíase renal, nefrolitíase, trato urinário, hematúria, cálculos no rim, estruvita, dor lombar, processo inflamatório.

Biografia do Autor

Naiara Boaretto, Universidade Federal de Santa Catarina

Estudante do curso de graduação em Medicina da UFSC (Florianópolis)

André Messias Grzeszezeszyn, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Estudante do curso de graduação em Medicina da UFSC (Florianópolis)

Cássio Henrique Oliveira da Rosa, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

.Estudante do curso de graduação em Medicina da UFSC (Florianópolis)

Guilherme Figueiredo Brito, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

.Estudante do curso de graduação em Medicina da UFSC (Florianópolis)

José Luiz Sanches Pedrotti, Universidade Federal de Santa Catarina

Estudante do curso de graduação em Medicina da UFSC (Florianópolis)

Luis Filipe de Assis Freitas Caixeta, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

.Estudante do curso de graduação em Medicina da UFSC (Florianópolis)

Nayare Claro Moreira, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

.Estudante do curso de graduação em Medicina da UFSC (Florianópolis)

Rafael Ramos de Lima, Universidade Federal de Santa Catarina

Estudante do curso de graduação em Medicina da UFSC (Florianópolis)

Médico residente saúde da família UFMA Dr. Lucas da Silveira Leite Coelho , Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Médico residente saúde da família UFMA

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Publicado

2024-11-06

Edição

Seção

Artigos de revisão